sexta-feira, 22 de março de 2013

[excerto] entrevista... não há professores a mais... a mlr [a dita milú]... no i...!

"Caminhamos para um Estado mínimo?
O debate sobre a reforma do Estado foi lançado em simultâneo com o anúncio do corte de 4 mil milhões. É legítimo levantarmos a dúvida: estamos perante uma reforma ou só perante uma diminuição da presença do Estado? Houve algumas iniciativas que são preocupantes porque apontam mais para a diminuição do Estado que para a sua reforma. Um dos exemplos foi o relatório do FMI e a sua análise permite verificar que muitas das medidas não são passíveis de reformar o Estado, só diminuem a despesa.

É só a redução da despesa que está a acontecer?
Reformar o Estado por vezes exigiria um aumento circunstancial da despesa para a seguir se poder tornar mais sustentável, às vezes é preciso um investimento inicial.

As rescisões com funcionários públicos são um desses casos…
É um exemplo. Quando numa determinada orientação ou num quadro de decisões é preciso uma redução do número de funcionários públicos, aquilo que se exige é um investimento inicial. Decidir pela diminuição de funcionários públicos é uma medida passível de ser considerada para reformar o Estado, é daquelas em que podemos ter dúvidas.

O primeiro-ministro argumentou que isso incrementará a qualificação, uma vez que começa pelos menos qualificados.
Isso não faz sentido. É necessário conhecer os estudos em que se baseia para dizer que há funcionários a mais. Quando se anuncia um corte drástico de funcionários, as comparações internacionais não permitem essa conclusão. Não temos um número de funcionários superior a outros países da Europa e muito menos com as reduções dos últimos anos. Pelo contrário, há países europeus que têm uma administração pública muito superior. Depois também nos podemos perguntar se os que estão a mais são os qualificados ou os menos qualificados. Na função pública, em geral, as qualificações são muito superiores às do mercado.

Esta reforma está a começar mal?
Não sei se é reforma. Sei que era necessária mais informação. Apresentar soluções como únicas e inevitáveis é um mau princípio no debate. Era essencial que o debate abrisse perspectivas, fosse muito mais plural do que tem sido. A política é a arte de escolher, de decidir em função de diferentes alternativas. É muito difícil aceitar uma decisão de estudos que não se conhecem. Dizer que se dispensam os menos qualificados significa o quê? As organizações precisam de uma grande diversidade de pessoal, mesmo de algum não qualificado. Podemos e devemos ter a ambição de qualificar mais a população activa, mas isso é uma coisa, outra é dispensar os menos qualificados."

para quem estiver interessado no que diz a 'milú'... aqui.

que ontem também passou pelo 360 da rtp... para debitar mais uns quantos 'bitaites'... 

encontrei agora o vídeo... via calimero sousa...! 

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