terça-feira, 28 de abril de 2015

de volta à escola... reflexões para o fim de dia...!


no educare...


"Há experiências de Escolas de Segunda Oportunidade de todo o tipo por toda a Europa. Na Roménia, os alunos recebem roupa e alimento, além da formação. Na França todas as escolas são submetidas a uma acreditação, sem a qual não funcionam. Os alunos desempregados na Alemanha são o público-alvo desta via, mas correm o risco de perder estas “segundas oportunidades”. Em Portugal, existe apenas a Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos, em São Mamede Infesta. No futuro as políticas educativas podem valer-se desta experiência.

A Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos tem em comum com as suas congéneres europeias o facto de oferecer respostas educativas que não existem nas vias mais tradicionais de ensino. Criada em 2008, tem funcionado com um modelo próprio e em articulação com a Rede Europeia de Escolas de Segunda Oportunidade [European Association of Cities, Institutions and Second Chance Schools]. Abre as portas aos jovens que abandonam a escola, provenientes de todos os municípios do Grande Porto. Anualmente, a escola conta com 70 vagas para alunos, entre os 16 e os 25 anos. “Resistimos um bocado em receber jovens antes dos 16 anos, porque achamos que até essa idade devem estar no ensino regular”, explica o mentor do projeto Luís Mesquita. 

Para cada aluno é construído um plano individual de formação que integra elementos nas áreas da certificação escolar, desenvolvimento social e pessoal, formação vocacional e artística. A escola trabalha por projetos, numa lógica de integração comunitária e de resposta às necessidades identificadas em cada ano. Funciona com apoios vindos de programas e de parceiros sociais. Por isso, é uma escola diferente, como explica o seu diretor. “Nasceu de uma iniciativa associativa e durante sete anos fizemos o nosso caminho no sentido do reconhecimento público, para sermos reconhecidos como instituição, ter os planos de estudo acreditados e capacidade de certificação.”

Em outubro de 2014, a Rede Europeia de Escolas de Segunda Oportunidade esteve reunida em Matosinhos e alguns dos seus membros trouxeram exemplos de como a educação pode voltar a cativar quem se desilude com os estudos. O modelo está bastante difundido, “mesmo em países com sistemas educativos muito avançados, como a Dinamarca e a Suécia”, constata Luís Mesquita. “Há um público muito numeroso para as escolas de segunda oportunidade, não só ao nível de cada país, mas sim de determinadas regiões.” 

No Norte da Europa os sistemas educativos enfrentam desafios ligados à multiculturalidade, às populações migrantes e à integração de pessoas com deficiências; no Sul, as escolas estão no epicentro de problemas ligados à exclusão social, à pobreza e inserção de minorias. Subjacente a todos estes contextos, sublinha o diretor da escola portuguesa, está “a ideia de que um sistema único de educação não consegue responder a todas as necessidades dos aprendentes”. "  


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a escola referida pode ser auscultada... aqui.

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