segunda-feira, 7 de março de 2016

sem peias e tergiversações retóricas... a autonomia a quem a queira e dela faça bom uso...!

Resultados da Sondagem | É a favor da existência de Quadros de Honra nas escolas?

by Alexandre Henriques
 
Ficam os resultados e a opinião de Paulo Guinote. Obrigado pela colaboração ;)

Sondagem quadros de honra


Em defesa da Honra

 

Paulo GuinoteO facto de se debater, com alguma intensidade em certos momentos e ambientes este tema é um motivo para espanto meu e para pensar que há quem não tenha muito com que ocupar a cabeça. Ou então que há gente com teias ideológicas na cabeça realmente graves.
A minha posição é muito simples: a existência de quadros de honra ou mérito deve ser da exclusiva responsabilidade de cada escola, a partir de decisão do seu Conselho Pedagógico com ratificação pelo Conselho Geral. Isso é autonomia, isso é algo que tem a ver com a cultura e identidade de cada escola.
Se não gostam, acham que é “fascista” ou “prisioneiro da lógica da competição”, que traz mal porque os alunos se tornam menos cooperativos, mas os aprovem. Se acham que é um mecanismo de reconhecimento simbólico do mérito desses mesmos alunos, aprovem-nos e implementem-nos, seja de valor absoluto (média das notas) ou relativo (envolvimento em projectos escolares, desporto, etc).
Como devem calcular, eu defendo a segunda hipótese e tanto mais quanto a pressão for para produzir sucesso a todo o custo vai a par de uma mentalidade igualitarista no pior sentido da indiferenciação. Acho que quando parece que todos devem ter sucesso, se deve dar um estímulo para que esse sucesso seja de qualidade e não apenas o desfecho de uma imposição administrativa. Exactamente para não intensificar a argumentação é que nem desenvolvo o meu pensamento quanto a quem acha que estes quadros são prejudiciais. Limito-me a dizer que seria tão bom que, pelo menos desde o 7º ano, consultassem, sem tentar enviesá-la na apresentação da questão, os alunos acerca disto. Posso estar enganado, mas acho que até muitos dos menos bons em termos académicos concordariam com o princípio de diferenciar simbolicamente os alunos com melhor desempenho académico, disciplinar ou desportivo.
E ficaria tempo para os professores se preocuparem com outras coisas, menos bizantinas.

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