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terça-feira, 10 de julho de 2012

notícia... da educação... dos cortes [mais razia que outra coisa... mais ou menos 25 mil horários...?] nos professores... segundo mário nogueira...!

"Em conferência de imprensa, no Porto, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, adiantou que está já agendada para quinta-feira, em Lisboa, uma manifestação de professores para "mostrar indignação contra o que está a acontecer".

Mário Nogueira disse que a Fenprof calcula que medidas como a criação de 150 mega-agrupamentos, o aumento do número de alunos (até 30) por turma e a revisão da estrutura curricular, entre outras, vão "retirar 25 mil horários de trabalho das escolas".

"Desempregados vão ficar praticamente todos os contratados, entre 15 mil a 20 mil professores", salientou, acrescentando que "entre sete a oito mil professores ficarão com horário zero".

Para a Fenprof, a agregação de escolas e agrupamentos "é apenas uma peça de um puzzle que vai provocar uma catástrofe verdadeira de emprego nos professores, em setembro".

Segundo Mário Nogueira, "o objetivo que havia por trás das agregações não era o melhor, era o pior, era essencialmente despedir gente", sobretudo, "atingir professores".

O MEC, disse, "tinha uma intenção de limpar do sistema tudo que são professores contratados, mas a dose foi de tal forma forte que não só limpa os contratados como entra pelos quadros dentro, e são milhares os professores que vão ficar com horário zero".

"Isto é uma hecatombe do ponto de vista dos horários e é impossível pedir mais às escolas, ou pedir o mesmo, quando se retiram das escolas recursos que são fundamentais (professores)", frisou.

De acordo com um levantamento que a Fenprof realizou no âmbito da criação de 150 mega-agrupamentos, "a grande maioria (77,8%) dos conselhos gerais e agrupamentos que agregaram foi contra a agregação".

Para a Fenprof, este dado confirma que o MEC "desrespeitou a vontade das escolas, manifestada pelo seu órgão máximo".

Mas também as "autarquias manifestaram fortes reservas em relação ao processo: 50 por cento das câmaras municipais que se pronunciaram estiveram contra as agregações do seu concelho", acrescentou Mário Nogueira, considerando que o MEC deverá explicar como alegou ter havido consenso nas agregações.

A manifestação agendada para as 14:30 de quinta-feira, do Rossio até à Assembleia da República, "não é por acaso", salientou Mário Nogueira.

A Fenprof pretende estar ao lado dos médicos que têm uma greve marcada para quarta e quinta-feira, porque "há dois pilares fundamentais" no país: a saúde e a educação.

O responsável afirmou estar convencido que o processo é "irreversível", mas defendeu que "o MEC ainda está a tempo de o parar", a bem da educação em Portugal.

A Fenprof, disse, acredita ainda que estas medidas têm já em vista "reduzir durante três anos dois por cento dos trabalhadores dos quadros de cada ministério", como prevê o "acordo com a 'troika'"."

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