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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

nada mais do que a evidência da (a)normalidade [99% (!)] 'crática'... ensino, maioria das escolas sem professores está na região de lisboa... no i...!

"A maioria das escolas públicas e privadas começa hoje as aulas. E, de cada vez que o ano lectivo arranca, há directores cheios de expectativas. Na secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, há 30 novos professores colocados ao longo dos últimos dias, que se vão juntar aos outros 70 colegas. "Estão criadas as condições para assegurar mais um início de aulas" afirma o director Ernesto Paiva. Mas nem todas as escolas arrancam o ano lectivo em pé de igualdade. Na Póvoa do Varzim, a secundária Eça de Queiroz, começa as aulas sem oito professores nas disciplinas de Moral, Economia, Espanhol e Informática.

No agrupamento Francisco de Arruda, em Lisboa, são mais de 20 os professores que ainda não foram colocados e portanto não será hoje que as aulas começam. Na escola Arquitecto Ribeiro Teles, no bairro da Boavista, também em Lisboa, faltam cinco professores, o que vai adiar a abertura do ano lectivo. São escolas diferentes ou porque têm com a tutela contratos de autonomia ou porque pertencem aos estabelecimentos de ensino com maiores taxas de insucesso escolar e, por isso, integram o programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP). Estatuto que lhes permite contratar o seu próprio corpo docente, mas só podem fazer isso depois de os professores terem sido colocados em todas as outras escolas.

"E como vai sendo já um hábito, a secundária Eça de Queiroz vai começar o ano lectivo sem todos os docentes", desabafa José Eduardo Lemos de Sousa. São lacunas que o director tem esperança de resolver durante a primeira semana e é apenas mais um entre os vários imprevistos que surgem todos os anos antes do arranque das aulas.

"Não poder controlar todos os aspectos da gestão de uma escola porque temos de depender de políticas e de decisões de uma administração central é sem dúvida a minha maior dificuldade", conta Lemos de Sousa, que diz passar boa parte do seu tempo mais ocupado a "preencher formulários e a responder a perguntas das direcções de educação" do que a gerir a secundária.

É na zona de Lisboa que a falta de professores é mais evidente, com especial destaque nas escolas ou agrupamentos TEIP, explica o presidente do Conselho de Escolas. Manuel Esperança está contudo convencido de que este ano há melhorias a apontar: "Todos nós temos sobressaltos no arranque do ano lectivo. Mas penso que as coisas estão melhores do que no ano passado. A nível nacional, grande parte dos professores está nas escolas.""


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