"DGS cria plataforma onde pais podem acompanhar e avaliar refeições escolares dos filhos
Publicado ontem às 17:51
A
Direção-Geral da Saúde (DGS) lançou hoje uma ferramenta informática
para as famílias acompanharem e avaliarem as ementas escolares,
permitindo-lhes ter um papel mais ativo junto das escolas e das
autarquias na defesa da alimentação saudável das suas crianças.
O
anúncio foi feito hoje por Pedro Graça, diretor do Programa Nacional
para a Promoção da Alimentação Saudável, da DGS, durante as comemorações
do Dia Mundial da Saúde.
A ferramenta em si não é
nova, trata-se do Sistema de Planeamento e Avaliação das Refeições
Escolares (SPARE), lançado em 2009, mas que a partir de hoje tem um
módulo específico para as famílias, que lhes permite acompanhar e
avaliar diretamente as refeições, desde o momento em que entram na
escola até serem servidas.
Bastando inscreverem-se
no sistema como uma palavra passe, todos os pais podem colocar dúvidas,
verificar se são seguidas as recomendações da Organização Mundial de
Saúde, bem como os critérios alimentares definidos pelo Ministério da
Educação para as escolas, ou avaliar a variedade dos alimentos.
É
ainda possível aos pais dar pontuação, positiva ou negativa, nos vários
parâmetros que estão definidos no site da plataforma contra a obesidade
da DGS.
No entanto, não há uma ação direta que
decorra de uma avaliação mais negativa por parte dos pais, até porque
alguns dos critérios podem ser subjetivos, explicou aos jornalistas
Pedro Graça.
O responsável salientou, contudo, que
com esta nova funcionalidade dá aos pais uma ferramenta mais concreta,
para o caso de quererem atuar junto das escolas ou das autarquias
(responsáveis pela gestão das escolas) em caso de incumprimento.
Para
Pedro Graça, esta é uma forma de pais e escolas dialogarem mais sobre a
alimentação das crianças e é uma ferramenta «que permite que famílias e
escolas não digam que não sabiam ou não conheciam», o que eventualmente
corra mal.
«Se o Ministério da Educação verificar
que há práticas desadequadas, pode intervir chamando o diretor da
escola, mas o Ministério da Saúde, só em caso de risco para a saúde»,
explicou, acrescentando que esta é uma possibilidade bem mais remota, já
que hoje em dia «a oferta alimentar é de qualidade» e que «a
monitorização dos alimentos que nos chegam é constante».
Contudo,
o risco zero é impossível, alerta, sublinhando que «os alimentos
importados têm que ter autorização para entrar no espaço europeu e são
avaliados, mas como entram milhares de alimentos, é praticamente
impossível controlar tudo».
Pedro Graça adiantou
ainda que a partir do próximo ano letivo, todas as cantinas escolares
deverão ter sal iodado (o mais recomendado por prevenir distúrbios
causados pela carência de iodo), sendo que todas as cantinas com menos
de dois anos já estão obrigadas a comprar este sal."
Lusa
na tsf... aqui.
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