Oficina de Psicologia | Os professores, o stress e o burnout. |
De
acordo com o Relatório da Agência Europeia para Segurança e Saúde no
Trabalho, publicado em 2014, na Europa 25% dos trabalhadores dizem
sofrer de stress no trabalho durante a maior parte ou a totalidade do
seu horário de trabalho, e uma percentagem semelhante relata que o
trabalho afeta negativamente a sua saúde.
Os professores são uma das profissões mais vulneráveis ao desenvolvimento de patologias associadas ao stress profissional.
O Burnout, sendo resultado da exposição prolongada a artifatores de stress de cariz profissional e da resposta crónica aos
mesmos, sem sucesso, é conhecido como síndrome de exaustão, física e
psicológica, que atravessa um conjunto de fases até ao seu nível mais
severo.
A
síndrome de Burnout surge muitas vezes associada a uma intensificação
da dedicação ao trabalho e a um sentimento de incapacidade para
responder a todas as exigências, o que poderá conduzir a dificuldades
físicas, psicológicas, emocionais e comportamentais. De resto, é muito
frequente o desenvolvimento do Burnout em pessoas que iniciam um
percurso/carreira profissional com expectativas demasiado elevadas e que
vêm a sentir as mesmas defraudadas. De forma insidiosa, o Burnout tende
a instalar-se, acompanhado de uma sensação persistente de que tudo é
complicado, difícil e desgastante. Numa fase intermédia do processo de
Burnout é comum o desenvolvimento de cinismo/despersonalização, ou seja,
dificuldades ao nível relacional, caracterizadas por isolamento da rede
social, falta de paciência e irritabilidade no contacto com colegas,
chefes ou pessoas para quem um serviço é prestado.
Finalmente,
atingido um estado mais crítico e prolongado de exposição ao stress, no
qual se assiste a dificuldades de organização marcadas, a uma completa
ausência de prazer na vida pessoal e profissional, se sente um forte
descontrolo em tarefas que habitualmente estariam asseguradas, poderá
ser atingido um nível mais profundo de Burnout, no qual se verifica a
ausência de realização pessoal. É a este nível que, muitas vezes, se dá o
questionamento do próprio sentido para a vida, pessoal e profissional.
Em síntese, podemos pensar no Burnout como num copo de água de vai
enchendo, gota a gota, até que começa a transbordar.
no com regras...
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