quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

o que penso ser uma boa notícia... para toda a gente [sem excepção]...!


no sapo...


"De acordo com fonte comunitária, o primeiro-ministro grego reuniu-se esta quinta-feira com o Presidente do Eurogrupo. Os dois concordaram em "pedir às instituições (leia-se troika) para começarem a trabalhar com as autoridades gregas".

Trata-se de um trabalho "técnico" com vista a encontrar uma base de entendimento comum entre o atual programa de assistência e as pretensões do governo grego. O objetivo é facilitar as negociações durante o Eurogrupo marcado para a próxima segunda-feira, de forma a que os ministros "tenham algo para avaliar", explicou ao Expresso outra fonte.

Antes, à chegada à cimeira informal desta quinta-feira em Bruxelas, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, foi direto aos jornalistas para repetir a ideia de que está confiante "numa solução mútua e viável para curar as feridas da austeridade e lidar com a crise social na Europa". Mas, segundo o "Financial Times", terá sido o próprio Tsipras a inviabilizar a declaração conjunta escrita e reescrita durante a noite de quarta-feira pelos ministros das Finanças da zona euro.

Um telefonema de Atenas travou uma primeira base de entendimento, num braço-de ferro em torno de uma eventual extensão do programa proposta pelos parceiros europeus e rejeitada pelo Governo helénico. A Grécia desafia a paciência alemã - que não está sozinha no seio do Eurogrupo - ao querer pôr fim ao atual programa de resgate.

Fontes diplomáticas gregas adiantam que, neste momento, a Grécia "não quer mais dinheiro" nem novos empréstimos, mas um "acordo político". Sem nunca entrar em pormenores técnicos, insistem numa "ponte" que lhes dê tempo para preparar um novo programa que altere também os atuais condicionalismos. "Os nossos ministros não falam com tecnocratas", adiantam as mesmas fontes, reforçando a indisponibilidade para negociar com a delegação de técnicos da Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu.

Em Bruxelas, Tsipras tem a oportunidade de falar diretamente com políticos. "A difícil situação da Grécia" será tida em conta durante a discussão sobre a União Económica e Monetária, admitiu Donald Tusk, que preside ao Conselho Europeu. Ao que o Expresso apurou, os vários líderes europeus também poderão expressar os seus pontos de vista sobre a situação - ao contrário do que estava previsto.

Paralelamente à cimeira estão ainda a decorrer encontros bilaterais entre os gregos e os restantes parceiros europeus. Mesmo que, formalmente, uma alteração do programa de resgate grego dependa de uma decisão unânime do Eurogrupo, o encontro desta quinta-feira pode ajudar a desbloquear o impasse. O próprio Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, admitiu estar "muito preocupado" com a falta de avanço nas negociações durante o encontro dos ministros das Finanças da zona euro.

Grécia e Ucrânia "ofuscam" terrorismo
 
As complexas negociações em Minsk com vista a um cessar-fogo na Ucrânia atrasaram - perto de duas horas - o início dos trabalhos em Bruxelas. Da capital da Bielorrússia, Angela Merkel e François Hollande viajaram diretamente para o Conselho Europeu, para dar conta do cessar-fogo negociado com Vladimir Putin.

À chegada, o presidente francês mostrou-se "satisfeito" com o acordo alcançado, mas alerta que ainda "não garante uma solução duradoura". Hollande diz que os líderes europeus têm de permanecer vigilantes e manter a pressão sobre as partes envolvidas no compromisso. "Vladimir Putin precisa de saber que ou muda de comportamento ou as sanções em vigor não serão alteradas", referiu o primeiro-ministro britânico, David Cameron, acrescentando que as ações no terreno são mais importantes que as palavras no papel.

Os líderes europeus poderão pedir esta quinta-feira uma alteração que permita a verificação sistemática dos passaportes de cidadãos europeus nas fronteiras da zona Schengen.

Com uma solução à vista para a Ucrânia e a falta de entendimento sobre a Grécia, o tema do terrorismo - que tinha sido incluído na cimeira informal depois dos ataques ao "Charlie Hebdo" - acabou por passar para segundo plano nas atenções. O assunto está, contudo, na agenda.
Em cima da mesa está uma revisão do Acordo de Schengen, com o objetivo de reforçar os controlos nas fronteiras externas da União Europeia. Os líderes europeus poderão pedir uma alteração específica, de modo a permitir uma verificação sistemática dos passaportes de cidadãos europeus nas fronteiras da zona Schengen. Uma matéria que, para já, não reúne apoio junto da Comissão Europeia nem do Parlamento Europeu."


no expresso 'online'... aqui.

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