terça-feira, 7 de agosto de 2012

notícia... [que me parece não ser mais do que uma (mera) constatação...?]... os professores protestam na internet, para já não confiam em manifestações... no público...!

""É natural que os professores estejam alheados, pois tem aumentado a falta de confiança nos representantes políticos e sindicais. Há uma descrença muito grande nos nossos representantes e as pessoas estão cansadas de sucessivas desilusões", justifica Nuno Domingues, professor contratado e autor do blogue Educar a Educação. André Pestana, também contratado e dirigente do movimento independente de docentes 3 R"s, corrobora: "Muitos colegas sentem que se não conseguimos ganhar em 2008 com 120 mil professores nas ruas, será impossível agora". A solução, defende, passará também por encontrar uma "alternativa aos actuais dirigentes sindicais, que estão nestes cargos há mais de 20 anos".

Arlindo Ferreira, autor do blogue DeArLindo e dirigente da Federação Nacional de Educação, admite que os professores "deixaram de acreditar nas acções de rua". Aponta, contudo, outra razão para a desmobilização: "As medidas que estão a ser adoptadas pelo ministério não se dirigem a todos os docentes de idêntica forma". O exemplo mais evidente, sustenta, é o dos professores contratados, que estão em risco de não ter lugar nas escolas no próximo ano lectivo. "Sendo os que mais razões têm para lutar, quase desistiram de o fazer e, em muitos casos, já se encontram de "malas feitas" para abandonar o país ou a profissão docente", indica.

Apesar de ser dirigente do Sindicato dos Professores do Norte, afecto à Fenprof, João Paulo Silva, um dos autores do blogue Aventar, partilha algumas das críticas feitas à actuação dos sindicatos, mas acrescenta outra pista: "A maioria dos professores votou neste Governo, o que agora funciona como uma condicionante. Sentem que, de alguma forma, têm responsabilidades na situação". A propósito, o professor lembra que o actual ministro Nuno Crato "foi muito bem recebido" pelos profissionais.
 

Paulo Guinote, autor do blogue A Educação do Meu Umbigo, aponta também "os poucos resultados" alcançados com as manifestações de 2008/09 como uma das razões para a desmobilização docente. E junta-lhe outros factores. "O medo, que voltou a estar presente, passando por questões de pura sobrevivência profissional que potencia atitudes ultradefensivas e a espera que alguém resolva o problema com um passe de mágica". Foi o que constatou, por exemplo, com muitas das reacções à recente reunião de autores e colaboradores dos principais seis blogues de docentes, realizada a convite de Nuno Domingues."

para ler o resto da notícia... aqui.

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