"Esta conclusão tem por base a diferença entre a média que os alunos
obtêm nas provas nacionais (classificação externa) e aquela que lhes é
atribuída nas suas escolas de origem (classificação interna), dados que
também estão disponíveis nas bases de dados dos exames. Depois de
compararem os dados existentes entre 2002 e 2010, os investigadores
Tiago Neves, João Pereira e Gil Nata verificaram que estes mostram "que
de forma sistemática existe um padrão de diferença entre a classificação
interna e a classificação externa que tem favorecido os estudantes das
escolas privadas", explicaram ao PÚBLICO. "Este facto é particularmente
acentuado nas classificações onde mais se joga o acesso ao ensino
superior", sublinham.
Para chegarem a esta conclusão, os investigadores analisaram intervalos de notas na escala numérica de 0 a 20 utilizada para classificar os alunos do secundário. O exercício foi feito num artigo publicado este ano no International Journal on School Disaffection, onde os investigadores defendem que os rankings das escolas, como são elaborados em Portugal, não só não dão conta da real qualidade das escolas por se basearem apenas nos resultados dos exames, como até falham naquela que os seus defensores apresentam como sendo a sua principal vantagem: a objectividade.
Através da desagregação e comparação das notas torna-se evidente que a diferença entre a classificação interna, geralmente mais alta, e a média obtida no exame é maior entre aqueles que obtêm piores resultados nos exames nacionais, sem que aqui se registem diferenças entre os que vieram do ensino público e os que frequentaram o privado. Mas o mesmo já não se aplica aos alunos que obtiveram entre 13 e 19 nos exames nacionais. Apesar de terem as mesmas notas nos exames, os estudantes do público ficam a perder: em média, "a diferença entre as classificações internas e as dos exames é sempre, neste intervalo, superior a 0,5 pontos a favor dos alunos do particular", especificam."
Para chegarem a esta conclusão, os investigadores analisaram intervalos de notas na escala numérica de 0 a 20 utilizada para classificar os alunos do secundário. O exercício foi feito num artigo publicado este ano no International Journal on School Disaffection, onde os investigadores defendem que os rankings das escolas, como são elaborados em Portugal, não só não dão conta da real qualidade das escolas por se basearem apenas nos resultados dos exames, como até falham naquela que os seus defensores apresentam como sendo a sua principal vantagem: a objectividade.
Através da desagregação e comparação das notas torna-se evidente que a diferença entre a classificação interna, geralmente mais alta, e a média obtida no exame é maior entre aqueles que obtêm piores resultados nos exames nacionais, sem que aqui se registem diferenças entre os que vieram do ensino público e os que frequentaram o privado. Mas o mesmo já não se aplica aos alunos que obtiveram entre 13 e 19 nos exames nacionais. Apesar de terem as mesmas notas nos exames, os estudantes do público ficam a perder: em média, "a diferença entre as classificações internas e as dos exames é sempre, neste intervalo, superior a 0,5 pontos a favor dos alunos do particular", especificam."
a ler o resto da notícia... aqui.
esta questão também deve passar pelo 'status quo' que se intui da crónica que se divulgou... aqui.
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