O modelo escolar está em crise. A estrutura monolítica criada para
satisfazer às demandas de uma economia industrial se tornou obsoleta e
hoje se debate para permanecer ativa e relevante em um contexto social
que, embora valorize a Educação como direito e patrimônio, não suporta a
ideia de aulas longas e monótonas nem vê muito valor em diplomas. A
maioria dos professores está sobrecarregada, mal-remunerada e
desmotivada, sem plano de carreira que valorize o aprendizado e a
relação com a classe. Processos comerciais travestidos de "metodologias
de ensino" padronizam disciplinas e avaliações, transformando muitas
instituições em centros de adestramento, preparatórios para determinados
exames ou necessidades operacionais do mercado.
Mesmo as instituições que apresentam bom desempenho em classificações
tem uma enorme dificuldade em prender a atenção de seus alunos ou
prepará-los para os desafios de um ambiente dinâmico, interativo e
conectado. A educação em lotes que dirige mensagens entediantes,
genéricas e repetitivas a massas de alunos é incapaz de vencer o
conteúdo piscante e colorido de notebooks, tablets e dos onipresentes
celulares. Não há biblioteca mais conectada e abrangente do que o
Google, nem educador que saiba mais do que está na rede.
E nem é preciso haver. A ideia de um professor sabe-tudo, que traz o
conhecimento pronto e empacotado para o aluno (do Latim, aquele "sem
luz") é uma distorção surgida com a Revolução Industrial. Antes dela, e
em qualquer sociedade primitiva que nunca tenha visto uma sala de aula, o
que sempre houve foi um ensino individualizado, focado na resolução de
problemas. Cabia ao aprendiz a identificação de novidades e crises,
trazidas para consideração de seus mestres, em um processo contínuo de
crescimento e avaliação mútuos.
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