Os Diretores de Agrupamento, através da ANDAEP, apresentaram uma proposta de alteração do calendário escolar para 2 semestres, em vez dos tradicionais 3 períodos. A sondagem realizada pelo ComRegras, envolvendo mais de 2000 pessoas da comunidade escolar rejeita essa mudança. Apesar da rejeição, vê-se pelos resultados que é um tema fraturante e por isso merece uma reflexão substancial por parte de quem decide.
Pessoalmente não consigo afastar a questão do calendário escolar da avaliação. Como todos sabemos a avaliação tem 3 momentos (4 se contarmos com os exames) marcantes ao longo do ano letivo, no qual os alunos tomam formalmente conhecimento do seu desempenho. Mas até que ponto precisamos de 3 momentos avaliativos?
Se a avaliação é contínua, até bastaria 1 momento avaliativo para indicar ao aluno se transita ou não transita. Podíamos perfeitamente dar um feedback semelhante às avaliações intercalares e ficava a questão resolvida. Mas este procedimento não colocaria em causa a própria essência da "continuidade"?
Ao longo dos anos tenho assistido a alguma confusão sobre o que é continuidade. Alguns professores tomam os 3 períodos como momentos independentes, fazendo uma avaliação baseada na média pura dos 3, outros têm em consideração o ponto de chegada e o ponto de partida, enquanto outros têm em consideração todos os momentos do ano chegando a discriminar o peso que cada temática tem.
Mas esta coisa da avaliação contínua questiona a sua própria continuidade... A continuidade remete para algo contínuo, logo uma avaliação contínua, ou seja uma avaliação com vários momentos ao longo do ano. Falo da diferença entre mini-testes e testes. E aqui continua a existir uma grande heterogeneidade nos professores, alguns aplicam essa continuidade avaliativa, enquanto outros aplicam a avaliação esporádica enquanto estratégia preferencial.
E depois ainda temos a questão dos que baseiam a sua avaliação apenas na média dos testes, mas isso é entrar por outros campos…
Como vêm este é um tema confuso que precisa de ser analisado por diversos prismas. Esta proposta dos Diretores vem questionar fundamentos há muito instituídos.
E já agora, o que é mais importante? A avaliação contínua ou a aprendizagem contínua?
Ficam os dados da sondagem.
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sábado, 9 de julho de 2016
coisas da educação... bi ou tri temporal, o resultado de uma sondagem...!
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