"É muito difícil avaliar o professor?
Sim. Estamos
falando da atuação de um profissional extremamente complexo, que precisa
ter domínio científico do conteúdo que leciona, deter ferramentas
pedagógicas para transmitir esse conhecimento e ainda manter um bom
relacionamento com os estudantes. As pesquisas ao longo dos últimos 40
anos nos mostram que medir tudo isso em uma avaliação é trabalhoso e
delicado. É preciso tempo, dinheiro e planejamento para levar a cabo uma
análise competente.
A corrente que defende a avaliação dos docentes é recente?
Esse é um assunto que vem sendo discutido há muito tempo,
principalmente nos Estados Unidos. Essa corrente nasce quando pesquisas
mostram que o professor é a variável mais significativa no sucesso ou
insucesso dos alunos. Há pelos três décadas, sabe-se que um professor
bom ou muito bom influencia de forma significativa o aprendizado. A
partir daí, compreende-se que a avaliação do professor é de extrema
importância. Com a globalização e a circulação mais rápida de
conhecimento, essa ideia se espalha com mais rapidez. As avaliações
internacionais praticadas nos últimos anos também contribuíram para a
disseminação da ideia de que é preciso avaliar o professor. Nenhum país
gosta de ficar mal na fotografia e muitos perceberam que investir no
professor é a chave para o progresso.
Como são feitas as avaliações ao redor do mundo?
Ainda
existe uma heterogeneidade entre os modelos. Na França, a avaliação é
feita pela equipe pedagógica da escola. Na Inglaterra, o responsável é o
diretor da escola, e avaliadores externos também são treinados para a
avaliação. Em Portugual, são os próprios professores que avaliam uns aos
outros. Não existe um consenso sobre qual modelo funciona melhor. Eu
diria que um modelo bastante eficaz seria o que misturasse avaliadores
externos e internos. Mas trata-se de uma alternativa onerosa e pouco
utilizada."
para ler... aqui.
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