"Os primeiros
encontros irão decorrer a 2 de junho em Lisboa, em local a anunciar, em
julho no Porto, em data e local ainda a definir, e a 11 de agosto em
Tavira, na Casa das Artes.
O eurodeputado Rui Tavares, um dos subscritores deste manifesto, apresentado hoje no cinema São Jorge, em Lisboa, disse à...
"Partimos
do primeiro discurso feito em Democracia", feito por Francisco Sousa
Tavares no Largo do Carmo a 25 de Abril de 1974, "depois, toda a gente
tem três minutos e meio para intervir", explicou Rui Tavares,
acrescentando que as intervenções dos primeiros encontros serão feitas
por pessoas convidadas, "que trazem um conhecimento especialista que é
empiricamente mais forte".
O eurodeputado garantiu que será
organizado um formato de encontros onde esperam que " as pessoas gostem
de estar", e que terão a duração de "duas horas, duas horas e meia no
máximo, para depois os participantes poderem voltar para as suas vidas
normais, que são tão importantes como fazer política".
Rui Tavares
acredita que "quanto mais se disseminar o poder de fazer coisas, mais
elas vão ter possibilidade de acontecer", e por isso irão "tentar criar
um tipo de guião que possa ser replicável até sem estarem os
organizadores".
A ideia dos subscritores do manifesto é que dos
encontros saiam propostas. "Há muitas coisas que podemos fazer, nós com
as ferramentas que temos", referiu.
O Manifesto por uma Esquerda
Livre já foi subscrito, de acordo com o eurodeputado, por mais de 1.350
pessoas, entre eles deputados (como Inês de Medeiros, do PS), escritores
(Mário de Carvalho, João Tordo e Dulce Maria Cardoso), sociólogos
(Boaventura de Sousa Santos e Elísio Estanque), jornalistas, (Ana Sousa
Dias, Alexandra Lucas Coelho e José Vitor Malheiros), realizadores
(Raquel Freire e Bruno de Almeida), músicos (Sérgio Godinho e Vitorino),
atores (Ana Bola), sindicalistas, designers, arquitetos, desempregados,
investigadores e estudantes.
O manifesto, afirmou Rui Tavares, é
"para uma esquerda livre, que se calhar sempre existiu e falou entre si,
mas que precisa de se desentrincheirar".
"É preciso acabar com
este Inverno de austeridade e demonstrar uma vontade de renovação",
disse o eurodeputado, acrescentando que este manifesto é "uma
demonstração de querer, de uma enorme vontade cívica".
Durante a
apresentação do manifesto ficou claro que este documento não é o
primeiro passo para a criação de um novo partido político. "Fazer um
partido é fácil, difícil é fazer um movimento de libertação", afirmou
Rui Tavares."
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