"Há mais meninos que meninas a frequentar o ensino básico: 52% contra 48%.
No secundário, o caso muda de figura, ou se
preferirmos, de sexo: em cada 100 alunos, 55 são raparigas, ou seja, uma
fatia generosa de rapazes perdeu-se para o abandono e insucesso
escolares.
No ensino secundário, a razia masculina
adensa-se e apenas 43 em cada 100 transições/conclusões são de rapazes,
contra 57 de raparigas. O último acto da saga de insucesso masculino
ocorre no ensino superior: no conjunto dos últimos 15 anos, apenas 36 em
cada 100 diplomados, pouco mais que um terço, eram do sexo masculino.
Será
que os homens deste país estão a embrutecer? David Chadwell,
especialista em educação diferenciada por sexo, acha que não. Segundo
este professor, em Portugal a convite dos Colégios Fomento, rapazes e
raparigas aprendem de forma diferente e, em geral, os sistemas de ensino
modernos favorecemo modo de aprendizagem feminino. Num sistema de
ensino onde abundam os paladinos da igualdade, será que o tema não
merece um pouco de atenção?"
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