"As escolas portuguesas sofreram uma série de obras de melhoramento essencialmente durante o Governo de José Sócrates, através da Parque Escolar. Foi uma boa medida. Pecou pelos excessos. Sabe-se agora que, além do essencial e necessário, houve casos de muitas extravagâncias, desde design de autor a assinaturas de arquitetos, que encareceram os projetos. E também várias falhas, erros de construção, pelas quais ninguém é responsabilizado (há apenas investigações em curso). Mesmo assim, globalmente, as infraestruturas melhoraram, e isso é positivo.
O que não é aceitável é que haja situações, que se arrastam há anos, de escolas que oferecem agora piores condições aos alunos do que antes das obras. A suspensão da maioria (para não dizer quase totalidade) das intervenções em curso por culpa da crise e da falta de dinheiro deixou mais de cinco mil alunos a ter aulas em contentores sem ar condicionado ou aquecimento.
Dos Governos esperam-se ações para melhorar a oferta dos seus serviços. Por isso os projetos têm de ser pensados na sua totalidade e apenas podem ser toleradas muito poucas exceções. O exemplo máximo do que não pode ser feito é o do Metro do Mondego: destrui-se a linha existente para fazer uma nova e agora não existe nem uma nem outra, com graves consequências para a população.
As obras públicas em Portugal têm tido um denominador comum: a derrapagem nos prazos e dos orçamentos. A modernização do parque escolar, que tinha tudo para ser um sucesso e apresentado como um exemplo, ameaça ficar também marcado pelos casos de fracasso.
E isso é a pior imagem que um Governo pode dar à população."
O que não é aceitável é que haja situações, que se arrastam há anos, de escolas que oferecem agora piores condições aos alunos do que antes das obras. A suspensão da maioria (para não dizer quase totalidade) das intervenções em curso por culpa da crise e da falta de dinheiro deixou mais de cinco mil alunos a ter aulas em contentores sem ar condicionado ou aquecimento.
Dos Governos esperam-se ações para melhorar a oferta dos seus serviços. Por isso os projetos têm de ser pensados na sua totalidade e apenas podem ser toleradas muito poucas exceções. O exemplo máximo do que não pode ser feito é o do Metro do Mondego: destrui-se a linha existente para fazer uma nova e agora não existe nem uma nem outra, com graves consequências para a população.
As obras públicas em Portugal têm tido um denominador comum: a derrapagem nos prazos e dos orçamentos. A modernização do parque escolar, que tinha tudo para ser um sucesso e apresentado como um exemplo, ameaça ficar também marcado pelos casos de fracasso.
E isso é a pior imagem que um Governo pode dar à população."
Sem comentários:
Enviar um comentário