segunda-feira, 23 de abril de 2012

testes intermédios... de filosofia... a [acrescentar à anterior] opinião... de desidério murcho...!

"Pior do que os erros de pormenor, contudo, é o facto de a prova não avaliar qualquer competência filosófica última; apenas avalia competências filosóficas instrumentais. A compreensão dos conceitos e ideias dos filósofos é meramente instrumental para aprender a raciocinar filosoficamente. Avaliar apenas essa compreensão, mas não aquilo que constitui a sua finalidade seria como avaliar, no futebol, não a competência para jogar jogos de futebol, mas antes exercícios de flexões e corrida, que certamente fazem parte do treino dos futebolistas, mas não constituem a finalidade deste.

Para se fazer tolices destas, ainda por cima a nível nacional, mais vale acabar com os exames nacionais e deixar os filhos de cada qual entregue às arbitrariedades dos seus professores e escolas - desse modo, pelo menos alguns terão a sorte de ter professores competentes, que irão prepará-los com carinho e rigor para o que é crucial em filosofia, ao passo que com exames nacionais deste cariz todos são vítimas da incompetência educativa nacional costumeira. Ou será que estou a ver mal?"
 

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