"Os professores do movimento Boicote&Cerco, que hoje se reuniram em Coimbra, decidiram promover o boicote à segunda chamada da prova de avaliação de capacidades e conhecimentos de docentes e uma manifestação nacional.
«No dia da segunda chamada, iremos estar a promover o boicote e cerco, novamente por todo o país», disse hoje, ao final da tarde, à agência Lusa, André Pestana, após a reunião de professores do movimento.
A data para a realização da segunda chamada da prova não é conhecida, mas segundo disse o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, em entrevista à RTP, será em janeiro.
No encontro de hoje foi decidido realizar uma manifestação nacional não só de professores, alunos, pais e funcionários das escolas, mas também de «todos aqueles que defendem a escola pública, que está, de facto, a ser atacada por um ministro ao serviço dos colégios privados», disse André Pestana.
A manifestação ainda não tem data agendada, mas realizar-se-á em janeiro, revelou André Pestana, adiantando que os promotores pretendem que ela «marque a exigência, mais uma vez», do fim da PACC, e da «demissão deste ministro [da Educação], que não tem condições para continuar» no cargo.
Os institutos «politécnicos exigem a demissão de Nuno Crato», a Associação de Professores de Matemática «chama incompetente ao ministro» e «a própria Associação de Pais já disse que a prova em janeiro vai perturbar» o funcionamento do ano letivo, exemplificou André Pestana.
Os docentes do Boicote&Centro reivindicam ainda a devolução do dinheiro que pagaram pela inscrição na PACC.
«Há milhares de professores que pagaram e já deveriam ter recebido» esse valor «há muito tempo, mas continuam à espera», sustentou André Pestana, sublinhando que «o Estado é muito rápido e muito assertivo para exigir ao contribuinte», mas quando se trata de ser a administração pública a cumprir a sua uma atitude é completamente diversa.
O Boicote&Cerco apela a todos os professores para que não desistam da sua luta, que não terminará «enquanto não for garantido não só o fim da PACC, mas também outras questões», como as relacionadas com a vinculação dos docentes contratados, cuja situação «não respeita a lei geral do trabalho».
Na reunião de hoje, em Coimbra, participaram professores de Vila Real, Braga, Guimarães, Gaia, Porto, Santa Maria da Feira, Viseu, Leiria, Lisboa, Barreiro, Faro e Coimbra."
Sem comentários:
Enviar um comentário