"Não sei o que me incomoda mais com os últimos números da execução
orçamental: se os números propriamente ditos; se o espanto que o governo
mostrou perante eles. Será que Vítor Gaspar acreditava mesmo que as
medidas de austeridade levariam a uma subida da receita fiscal?
Em caso afirmativo, é possível imaginar tudo. Até novas medidas de
austeridade sobre os portugueses – mais impostos, mais cortes nos
subsídios dos privados – um caminho de ruína que permitirá ao país
chegar ao final do ano de rastos mas com um défice de 4,5% para mostrar
aos parceiros europeus. Isto não seria apenas um crime; como dizia o
outro, seria um erro: Espanha, Grécia e até Irlanda já abriram a porta
para renegociar os respectivos programas de ajuda. A única coisa que se
espera deste governo é que siga o exemplo dos seus irmãos pedintes e se
junte a eles para uma conversa séria sobre prazos e outras metas. Fechar
esta porta é asfixiar o país."
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