Ministério diz que incidentes não dignificam os professores
TEXTO JOANA PEREIRA BASTOS
"Tutela lamenta perturbações em oito das 88 escolas
onde ontem decorreu a prova de avaliação para docentes contratados e
aponta o dedo aos sindicatos.
O Ministério da Educação
(ME) lamentou os protestos ocorridos em alguns estabelecimentos de
ensino contra a realização da prova de avaliação para professores
contratados, considerando que os incidentes “não dignificam a classe
docente”.
Em comunicado, a tutela explica que o exame não se
realizou em apenas uma das 88 escolas onde estava previsto decorrer e
por “insuficiências internas” – falta de docentes para vigiar a prova –
que estão a ser investigadas pela Inspeção-Geral da Educação. Noutros
cinco estabelecimentos de ensino, adianta o ME, “alguns manifestantes
pretenderam, embora sem sucesso, pressionar os professores vigilantes e
perturbar os candidatos”.
“São incidentes que não dignificam a classe docente e
sabemos bem que os professores não se reveem nessas atitudes”, refere o
Ministério, ressalvando que muitos manifestantes seriam, no entanto,
“estranhos à profissão”. Além destes casos, houve ainda duas escolas em
que os docentes que iam realizar a prova se recusaram a fazê-lo, depois
de entrarem na sala e responderem à chamada.
No total, de acordo com o ME, dos 4120 docentes que
estavam inscritos para realizar o exame – obrigatório para todos os
professores contratados com menos de cinco anos de serviço que queiram
concorrer para dar aulas no próximo ano letivo –1325 faltaram.
No comunicado, a equipa da 5 de Outubro aponta o dedo
aos sindicatos, lamentando “as tentativas de desinformação” por parte de
alguns dirigentes sindicais, que fizeram “declarações falsas”,
declarando que a prova estaria suspensa.
“Tal como havia sido reafirmado segunda-feira pelo
Ministério da Educação e Ciência, os pedidos de decretamento provisório
de providências cautelares foram indeferidos (...) mas os referidos
dirigentes sindicais continuaram a afirmar que a prova estava suspensa,
perturbando os candidatos, sem sequer atender ao facto de que a difusão
dessa falsidade poderia prejudicar gravemente os que queriam fazer a
prova e que poderiam, inclusivamente, cancelar a sua presença com base
nessa desinformação”, critica o ME."
no expresso diário... aqui.
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