"A participação privada na nova travessia do Tejo
nasceu de um embuste, a tese de que o estado não teria dinheiro para
construir a infra-estrutura e recorria ao apoio dos privados, a quem
mais tarde pagaria determinadas rendas. Nada mais errado! Até porque os
privados entraram com apenas um quarto dos 897 milhões de euros em que
orçava o investimento. O restante foi garantido pelo estado português,
através do Fundo de Coesão da União Europeia (36%), da cedência da
receita das portagens da Ponte 25 de Abril (6,0%), e por um empréstimo
do Banco Europeu de Investimentos (33%). O verdadeiro investidor foi o
estado português, que assim garantiu a privados uma tença milionária ao
longo de anos. Só em 2010, as receitas das portagens atingiram quase 75
milhões de euros.
Ao mesmo tempo, os privados
eliminavam a concorrência, pois garantiam que ninguém poderia construir
uma nova travessia no estuário do Tejo sem lhes pagar o respectivo
dízimo."
aqui.
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