II.
Serão as ortografias — que não são coisas — artificiais? Sim, de facto, são artificiais no sentido em que são artefactos, construções do intelecto, do espírito e do engenho colectivos; como as línguas, as ideias, os conceitos, as percepções, as categorias.
As línguas e as ideias não são coisas. Não existem no mundo natural e não as podemos modificar a nosso bel-prazer sob pena de prejudicarmos a nossa interacção com o mundo e com os outros membros da nossa comunidade.
Há artefactos que não resultam de uma intencionalidade expressa, explícita ou individual. Há artefactos do intelecto humano que “emergem” de forma auto-regulada em todas as comunidades humanas, porque os humanos são seres gregários, sociais e racionais. Estado, religião, lei, moral, parentesco, propriedade, direitos, etc. são construções e artefactos do intelecto. São artificiais mas a sua existência e manutenção não depende da vontade de um indivíduo ou grupo de indivíduos. São artefactos de base social que assentam em consensos inter-individuais e inter-subjectivos (com hífenes deliberados, como permite a ortografia em vigor para destacar o prefixo). "
As línguas e as ideias não são coisas. Não existem no mundo natural e não as podemos modificar a nosso bel-prazer sob pena de prejudicarmos a nossa interacção com o mundo e com os outros membros da nossa comunidade.
Há artefactos que não resultam de uma intencionalidade expressa, explícita ou individual. Há artefactos do intelecto humano que “emergem” de forma auto-regulada em todas as comunidades humanas, porque os humanos são seres gregários, sociais e racionais. Estado, religião, lei, moral, parentesco, propriedade, direitos, etc. são construções e artefactos do intelecto. São artificiais mas a sua existência e manutenção não depende da vontade de um indivíduo ou grupo de indivíduos. São artefactos de base social que assentam em consensos inter-individuais e inter-subjectivos (com hífenes deliberados, como permite a ortografia em vigor para destacar o prefixo). "
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