"Ninguém gosta dos exames: os alunos, porque obrigam a estudar; os pais,
pelo stress que provocam; os professores, porque vêem um ano de trabalho
reduzido a 90 minutos de avaliação; os teóricos da educação, porque
temem que se passe a estudar para os exames; as equipas ministeriais,
que teimam em os reduzir a mais um instrumento ao serviço da política.
Mal-amados e desprezados, os exames tornaram-se um ritual caro e
desgastante que escolas, professores e alunos são chamados a realizar,
sem retirarem vantagem alguma. Fazem-se, mas ninguém sabe muito bem
porquê.
Ora os exames são um instrumento fundamental na aferição da qualidade de
um sistema de ensino. Se pudéssemos confiar neles, seriam excelente
barómetro para escolas e professores, e um manancial de informação para
investigadores e decisores. Não é fácil nem barato fazer bons exames –
na Flórida cada questão dos Fcat (os exames daquele Estado) demora 2
anos a validar e custa dois mil dólares. Os resultados estão à vista: na
Flórida todos confiam nos exames e os resultados são utilizados na
avaliação de escolas e professores. Já que os exames são para se fazer,
porque não fazer bem? "
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