"Pela primeira vez, mais de 120 mil alunos fizeram um teste de diagnóstico de inglês a nível nacional. Mas a confusão criada nas escolas com a organização da prova, introduzida este ano pelo ministro da Educação, promete arrastar-se.
Em muitas escolas, as provas orais desta avaliação ainda não se realizaram e há professores a serem chamados a avaliar alunos e que não estão certificados para isso, como é obrigatório. Os directores admitem que os atrasos nas orais ameaçam deixar sem aulas milhares de alunos e adiar a entrega dos resultados finais.
Na quarta-feira, todos os alunos do 9.º ano de escolas públicas e privadas realizaram a parte escrita do teste de diagnóstico, certificado pelo Cambridge English Language Assessment para aferir conhecimentos, mas que não conta para a nota do ano lectivo. A estes estudantes, para quem o teste era obrigatório, juntaram-se alunos do 7.º, 8.º, 10.º, 11.º e 12.º a que manifestaram vontade em fazerem também o exame, mas o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) não divulgou quantos.
'Era fácil'
Nas escolas, a prova escrita decorreu sem sobressaltos, segundo confirmaram ao SOL vários responsáveis, mas as dores de cabeça com o 'teste Cambridge' ainda não terminaram.
“A prova escrita decorreu sem problemas, até porque era fácil para o nível de inglês do 9.º ano, mas nenhum aluno realizou ainda as provas orais”, explicou Adelino Calado, director do agrupamento de escolas de Carcavelos. “A primeira sessão da oral chegou a ser marcada antes das férias da Páscoa, mas os professores avaliadores não puderam vir nessa data”, adiantou, lembrando que as orais deviam ter terminado antes do teste escrito.
Os atrasos nas orais (que representam 50% da nota do teste do Cambridge) têm-se repetido em todo o país. Alguns professores avaliadores - 1.100 docentes de inglês que receberam formação do Cambridge - desmarcaram as sessões por problemas de agenda ou simplesmente não apareceram, por falhas de comunicação com as escolas.
Há até casos em que os professores se apresentaram nos estabelecimentos, mas não tinham feito a formação requerida.
O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira, reconhece que os atrasos nas orais vão obrigar a um esforço-extra dos professores correctores, para conseguirem ter os resultados finais do teste a 4 de Junho, como determina o despacho do ministro da Educação. Um esforço que nem todos estão dispostos a fazer, até porque alguns foram recrutados 'à força', por falta de voluntários. E muitos suspeitam do acordo feito entre o Ministério da Educação e o Cambridge, que já levou a Fenprof a anunciar que vai apresentar uma denúncia na Procuradoria-Geral da República.
Resultados a 4 de Junho?
Por isso, muitos docentes que vão corrigir as provas poderão ter de faltar, ameaçando deixar milhares de estudantes sem inglês. “Tenho dois professores correctores na escola que certamente terão de faltar a algumas aulas. Vamos tentar resolver o problema com uma professora de inglês com horário-zero” - avança Manuel Pereira, lamentando que um teste que constitui uma experiência importante tenha sido aplicado de forma “precipitada, complicando o dia-a-dia das escolas pelo excesso de burocracia que envolve”.
Também Adelino Calado defende que, com estes atrasos, muito dificilmente os resultados dos testes serão anunciados a 4 de Junho. O IAVE não adianta para já qualquer alteração à data de entrega dos resultados - que parece ser inevitável, já que o organismo alargou para 30 de Junho o prazo máximo para a realização das orais do teste Cambridge."
Em muitas escolas, as provas orais desta avaliação ainda não se realizaram e há professores a serem chamados a avaliar alunos e que não estão certificados para isso, como é obrigatório. Os directores admitem que os atrasos nas orais ameaçam deixar sem aulas milhares de alunos e adiar a entrega dos resultados finais.
Na quarta-feira, todos os alunos do 9.º ano de escolas públicas e privadas realizaram a parte escrita do teste de diagnóstico, certificado pelo Cambridge English Language Assessment para aferir conhecimentos, mas que não conta para a nota do ano lectivo. A estes estudantes, para quem o teste era obrigatório, juntaram-se alunos do 7.º, 8.º, 10.º, 11.º e 12.º a que manifestaram vontade em fazerem também o exame, mas o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) não divulgou quantos.
'Era fácil'
Nas escolas, a prova escrita decorreu sem sobressaltos, segundo confirmaram ao SOL vários responsáveis, mas as dores de cabeça com o 'teste Cambridge' ainda não terminaram.
“A prova escrita decorreu sem problemas, até porque era fácil para o nível de inglês do 9.º ano, mas nenhum aluno realizou ainda as provas orais”, explicou Adelino Calado, director do agrupamento de escolas de Carcavelos. “A primeira sessão da oral chegou a ser marcada antes das férias da Páscoa, mas os professores avaliadores não puderam vir nessa data”, adiantou, lembrando que as orais deviam ter terminado antes do teste escrito.
Os atrasos nas orais (que representam 50% da nota do teste do Cambridge) têm-se repetido em todo o país. Alguns professores avaliadores - 1.100 docentes de inglês que receberam formação do Cambridge - desmarcaram as sessões por problemas de agenda ou simplesmente não apareceram, por falhas de comunicação com as escolas.
Há até casos em que os professores se apresentaram nos estabelecimentos, mas não tinham feito a formação requerida.
O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira, reconhece que os atrasos nas orais vão obrigar a um esforço-extra dos professores correctores, para conseguirem ter os resultados finais do teste a 4 de Junho, como determina o despacho do ministro da Educação. Um esforço que nem todos estão dispostos a fazer, até porque alguns foram recrutados 'à força', por falta de voluntários. E muitos suspeitam do acordo feito entre o Ministério da Educação e o Cambridge, que já levou a Fenprof a anunciar que vai apresentar uma denúncia na Procuradoria-Geral da República.
Resultados a 4 de Junho?
Por isso, muitos docentes que vão corrigir as provas poderão ter de faltar, ameaçando deixar milhares de estudantes sem inglês. “Tenho dois professores correctores na escola que certamente terão de faltar a algumas aulas. Vamos tentar resolver o problema com uma professora de inglês com horário-zero” - avança Manuel Pereira, lamentando que um teste que constitui uma experiência importante tenha sido aplicado de forma “precipitada, complicando o dia-a-dia das escolas pelo excesso de burocracia que envolve”.
Também Adelino Calado defende que, com estes atrasos, muito dificilmente os resultados dos testes serão anunciados a 4 de Junho. O IAVE não adianta para já qualquer alteração à data de entrega dos resultados - que parece ser inevitável, já que o organismo alargou para 30 de Junho o prazo máximo para a realização das orais do teste Cambridge."
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