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"Estas acções, iniciadas na semana passada, são promovidas pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) em conjunto com a Universidade de Cambridge. Incluem uma prova para avaliar a proficiência linguística dos docentes e só os que a realizarem e forem certificados poderão classificar o teste de Inglês do 9.º ano (Preliminary English Test), também elaborado por aquela universidade inglesa.
Em resposta ao PÚBLICO, a assessora de imprensa do IAVE indicou que não está ainda feito um levantamento das faltas às 36 acções de formação que já se realizaram – 13 na semana passada e 23 nesta segunda-feira. Estão agendas mais 60 sessões, que irão decorrer nesta semana e na próxima.
Segundo o IAVE, foram seleccionados 2150 docentes para participar nestas acções. Em Lisboa estavam agendadas sessões para duas escolas nesta segunda-feira. "Na escola Francisco Arruda, dos 25 professores previstos, estiveram apenas 14. Na Escola D. Dinis, dos 15 que entraram, 12 recusaram-se a fazer o teste", especificou António Avelãs.
"Uma professora disse-me que não vinha porque os seus alunos iam ter hoje um teste de Inglês e depois haveria apenas mais uma aula até ao final do período [na sexta-feira]", indicou. Outros recusaram-se a fazer a prova por considerarem injustificado precisarem de um atestado de uma entidade exterior quando já dão aulas de Inglês há muitos anos, acrescentou. Esta tem sido uma das principais críticas feitas por sindicatos e associações de professores às condições exigidas pelo IAVE para classificarem o teste do 9.º ano.
Em comunicado divulgado hoje, “a propósito das críticas à aplicação” do novo teste, o IAVE insiste que a formação e provas exigidas aos docentes “decorre de normas e procedimentos a que a própria Universidade de Cambridge está sujeita e é comum a todos os países que aplicam este tipo de testes”. “Sem essa formação os certificados não poderão ser emitidos”, acrescenta o IAVE, que acusa ainda a Federação Nacional de Professores (Fenprof) de “má-fé” por ter acusado o ministério de estar a desviar docentes para trabalhar “numa empresa privada”.
“O projecto Cambridge English for Schools Portugal tem como principal finalidade contribuir para a certificação generalizada dos alunos no uso do Inglês por uma das mais prestigiadas instituições a nível mundial, a Universidade de Cambridge, uma instituição centenária, sem fins lucrativos, e não uma empresa privada, como a Fenprof tem reiteradamente referido”, refere-se no comunicado, onde o IAVE questiona ainda se a acusação dos sindicatos resulta de uma “confusão com uma escola privada que opera, legitimamente no mercado do ensino das línguas, ou de um claro intuito de má-fé e de desinformação da população?”.
A Fenprof anunciou, também nesta segunda-feira, que ainda esta semana entregará no Ministério da Educação e Ciência um pré-aviso de greve para todo o serviço docente relacionado com o teste de Inglês do 9.º ano, que será válido entre 7 de Abril e Maio, o período que foi reservado pelo MEC para esta avaliação. com Lusa"
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