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Hoje por Martim Silva
Editor-Executivo
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26 de Março de 2015 |
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A Lista é VIP. Os governantes nem por isso...
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Bom dia!
A Lista VIP volta a atacar.
A Visão dá destaque de capa na sua edição de hoje a novas revelações sobre a lista
que o Governo jurou que não existia de contribuintes com direito a
segurança reforçada para evitar a violação dos seus dados fiscais. Os
documentos comprovam que a lista existia mesmo. E dela, afirma o DN, só constavam quatro nomes: Cavaco, Passos, Portas e… Paulo Núncio.
Este caso já levou à queda do diretor geral da Autoridade Tributária e
do seu número dois: A lista, além de negada, foi feita sem suporte
legal.
O secretário de Estado Núncio aguentou-se (até ver). E Maria Luís foge
do assunto como Maomé do toucinho. Passos atravessou-se ao jurar no
Parlamento que não havia lista nenhuma. E agora, em que ficamos?
Se a ministra das Finanças da Lista VIP nada diz, sobre a polémica Espírito Santo falou para apresentar uma nova versão da posição do Governo em relação à atuação do Governador do Banco de Portugal,
Carlos Costa. A maioria PSD/CDS já o defendeu, já o atacou, já o
absolveu e já o envolveu. É como uma maré que vai e vem. Polémica que
não está resolvida é a do pagamento do papel comercial do Grupo Espírito Santo. Aqui, a ministra evitou comprometer-se, admitindo que o assunto é muito delicado. Pela notícia do Expresso Diário percebe-se porquê. Em causa podem estar 6 mil milhões de euros. Quem parece ter-se atirado para fora de pé, como bem explica o Henrique Monteiro, foi o presidente do PS, que disse que era tudo para pagar.
Tema incontornável da atualidade noticiosa é o do avião que se despenhou nos Alpes franceses. À medida que o tempo passa, adensa-se o mistério
em torno do que aconteceu no voo que vitimou 150 pessoas. Na última
noite, e alegadamente de acordo com os primeiros dados obtidos a partir
das gravações de uma das caixas negras, o NYT revelou que um dos pilotos saiu da cabine e quando tentou voltar já não conseguiu. A porta estava fechada por dentro. A chave do mistério parece estar em 60 segundos, entre as 10.30 e as 10.31 da manhã de terça-feira, minutos antes do desastre. À SIC Notícias, o Presidente da NAV, Luís Coimbra, falou na possibilidade de suicídio do piloto que ficou na cabine como explicação para o desastre.
OUTRAS NOTÍCIAS
Cá dentro,
destaque ainda para o caso Sócrates, que merece capa do Correio da Manhã e revista Sábado de hoje. O primeiro revela escutas de Sócrates no processo, com o antigo líder socialista apanhado a alegadamente dizer coisas como “se puderes trazer também daquela coisa que gosto muito” ou “podes entregar metade das fotocópias daquela vez”. Já a Sábado traz uma revelação algo, como dizer, rocambolesca. O ex-professor de Sócrates na Independente António Morais é acusado de conspirar para manter o antigo primeiro-ministro preso. Confuso? É.
Nas Presidenciais, foi dado o pontapé de saída, com o anúncio de candidatura do empresário socialista desalinhado Henrique Neto.
Na mesma sala onde há cinco anos Fernando Nobre apresentou a sua
candidatura, Neto lançou-se na tentativa (quimérica) de chegar a Belém.
Mas, a julgar pelo entusiasmo gerado pela sua primeira intervenção e
pelos apoios já revelados, o Padrão dos Descobrimentos é mesmo o mais perto que vai chegar do Palácio de Belém.À noite, na SIC Notícias, entrevistado por José Gomes Ferreira, jurou que vai levar a candidatura até ao fim e não poupou nos ataques aos governos de Sócrates. Lembrando alias que António Costa fez deles parte.
Hoje é o penúltimo dia da campanha eleitoral na Madeira. Domingo saberemos se o PSD, agora com nova roupagem, continua a dominar a região.
Entre hoje e domingo não temos Passos Coelho por cá. O primeiro-ministro está numa visita ao Japão.
Por lá, em Quioto, Passos vai receber o doutoramento honoris causa pela
Universidade de Estudos Estrangeiros. O PM já era VIP. Agora também é
Doutor.
Lá fora,
Há importantes desenvolvimentos sobre movimentações militares no Iémen, com a intervenção da Arábia Saudita
E os Estados Unidos estão a atacar postos do Estado Islâmico do Iraque.
Nos Estados Unidos surgiu ainda uma nova polémica envolvendo a exposição de militares a armas químicas na Guerra no Iraque.
Sabe quais são as 10 startups tecnológicas mais valiosas do mundo? Pense um bocadinho, faça a sua lista. E depois leia esta.
E se o Facebook tomar conta do negócio das notícias? Se é consumidor de informação (e é-o de certeza… está a ler o Expresso Curto) e se utiliza as redes sociais, este é um tema que o vai interessar. É mais um passo no domínio global da empresa de Zuckerberg.
Falando em redes sociais, por aí não se fala de outra coisa, ou
melhor, fala-se de muita coisa… mas fala-se mesmo muito disto: Um dos
elementos de uma das Boysband mais famosas do planeta decidiu seguir o seu caminho e ter vida própria, sozinho.
O laboratório CERN viu o seu acelerador de partículas sofrer um curto circuito e agora está parado.
FRASES
“Sempre que se pretendia fazer um documentário sobre ele, o Herberto telefonava aos amigos a pedir para não falarem…”, assim começa o magnífico texto de Manuel Alegre sobre o poeta falecido terça-feira, na sua página do Facebook. É aberta, vá ler
“A supervisão, se calhar, também devia ter visto mais cedo”, Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, na comissão de inquérito ao caso BES, atirando responsabilidades para cima de Carlos Costa
“Não considero que Guterres possa regressar a Portugal e fazer as mudanças de que o país necessita”, Henrique Neto, candidato presidencial, em entrevista ao Público
“José
Lello decidiu chamar Henrique Neto de ‘Beppe Grillo português’, o que
faz tanto sentido quanto Batatinha acusar Henrique Neto de ser um
palhaço”, João Miguel Tavares, no Público
O QUE ANDO A LER
O meu destaque de hoje vai inteirinho para o livro “The Churchill Factor”, de Boris Johnson,
o excêntrico maior de Londres que é já um dos principais candidatos à
sucessão de David Cameron nos Conservadores britânicos. Mas Boris
Johnson é muito mais que um político ou um autarca (foi responsável pela
Spectator), como estas 350 páginas sobre a vida do maior estadista
jamais produzido pelos ingleses mostram. Johnson consegue ser
interessante, muito, e original num campo, o das obras sobre Churchill,
que está mais do que ocupado. O início do livro é magnifíco, com o
relato pormenorizado de uma reunião do gabinete de guerra britânico em 1940, escassas três semanas depois de Churchill assumir a chefia do Governo.
E mostra como, apesar do cansaço, da falta de confiança que os próprios
Tories tinham na sua liderança, e da dificílima situação militar, Churchill não cedeu às vozes (e não eram poucas) que o aconselharam a ceder e a negociar com os alemães
(com Mussolini a servir de intermediário). O resto da História é
conhecida. Pormenor delicioso do livro é o capítulo sobre os (muitos)
falhanços políticos e militares da longa história de vida pública de
Churchill. Boris Johnson cria um indíce para avaliar cada um desses
momentos, classificando-o de 1 a 10 num "fiascómetro".
Dois destaques para coisas boas feitas aqui na casa. O livro “350 livros/filmes/discos/obras de arte/ séries de tv que ninguém pode perder”
é imprescindível para os maluquinhos das listase parte de um conjunto
de trabalhos publicados aqui há uns anos no Expresso. Como extra tem as
escolhas de Adolfo Luxúria Canibal, Adriano Moreira, Inês Maria Meneses,
Mariano Gago e José Tolentino Mendonça. Já o encontra nos kioskes.
Como também já deve conseguir encontrar o número de abril do Courier Internacional.
Destaques de capa da edição deste mês são a diplomacia à moda de
Estaline de Putin, as mudanças no Islão, um perfil do grego Varoufakis e
ainda os robôs que invadem as fábricas chinesas.
Hoje é quinta-feira, 26 de março.
Faltam 280 dias para acabar o ano. O sol nasceu às 7.31 e põe-se às 19.54. Não esqueça que este fim de semana muda a hora, passamos à hora de verão. E ainda para mais vem aí o calor.
Tenha um grande dia.
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