Bom dia, este é o seu Expresso Curto |
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25 de Novembro de 2015 | ||
Está “indicado”. Já tem Governo. Agora deixem-no trabalhar!
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Calma! Cavaco ainda não aceitou os ministros de Costa. O mais provável é que dê luz verde, mas conhecendo a Presidência da República, com todo o seu formalismo, não me admiraria que no palácio cor-de-rosa haja algum mal-estar. E porque? Bem, o facto da lista dos ministros ter sido posta a correr na TSF (e noutros media), como um facto consumado, horas antes de ser entregue formalmente em Belém foge, por completo, ao guião institucional dos últimos anos. É que, mal ou bem, Cavaco Silva ainda tem uma palavra a dizer. É o Presidente que nomeia o elenco governativo e, convém não esquecer, no passado houve vetos presidenciais (Soares e Sampaio) a propostas de ministros. O Ricardo Costa lembra aqui alguns casos.
Para Cavaco Silva, o nome de Augusto Santos Silva, escolhido para os Negócios Estrangeiros, será com certeza um dos mais difíceis de aceitar. No seu estilo truculento – ele que gosta de “malhar”, Santos Silva (que ainda por cima era ministro da Defesa) teve com Cavaco (que é também Chefe Supremo das Forças Armadas) uma relação difícil no segundo Governo de Sócrates. Quem esquece o comício de Manuel Alegre, em janeiro de 2011, onde o então ministro se referiu ao PR como “chefe de fação”. E mais recentemente, por causa da não condecoração de José Sócrates, escreveu no Facebook: “Senhor Presidente, (…) não se deixe pressionar. Não condecore Sócrates. É que ele não merece tamanha nódoa no seu currículo. Haverá certamente, dentro em breve, um Presidente merecedor da honra de condecorá-lo”. Bom mas se Cavaco o aceitar, e é o mais certo, o convívio será curto. O Presidente deixa Belém em março do próximo ano. E os socialistas (e as esquerdas) podem finalmente suspirar de alívio! E com certeza não serão os únicos.
Se Santos Silva foi uma novidade (retirado do baú socialista, é certo!), a grande surpresa da lista dos nomes do próximo executivo é Francisca Van Dunem (Público: a primeira mulher negra a chegar a ministra). A alta magistrada dá um salto: do topo do Ministério Público para o topo da Justiça. E da Justiça para a política. Costa vai ter uma ministra que conhece, com pormenor, todas as investigações em curso. E José Sócrates terá gostado desta escolha? Afinal, Costa promove um elemento do mesmo Ministério Público que investiga o ex-PM, que o pretende acusar e que neste momento o mantém em “lume brando”. O mesmo MP que Sócrates diz que só o prendeu para que o PS perdesse as eleições.
O tempo de Cavaco Silva ainda não terminou, a lista de Costa está a ser analisada em Belém e o Presidente ainda hoje deverá ter mais uma conversa com o primeiro-ministro “indicado”. A decisão presidencial só acontece depois desse encontro. No “quem é quem” que lhe chegou às mãos, o Presidente pode contar 17 ministros e 3 secretários de Estado que vão estar na dependência direta do PM. Quem são eles? Veja aqui.
Na lista dos ministros há 9 estreias, 8 repetentes, 4 mulheres, 3 ex-ministros de Sócrates. Há independentes - na Educação um dos mais novos de sempre -, todos costistas e um segurista: João Soares (no entanto, um dos primeiros a defender a maioria de esquerda). E há Carlos César que não consta do rol mas que será peça-chave no futuro da governação. Como líder parlamentar – e o Parlamento vai ser o epicentro dos tempos que ai vêm – será uma espécie de vice-primeiro-ministro de Costa. O número dois. Essencial nas relações/negociações com as esquerdas.
E com a direita? Não lhes “pedi a mão” disse já António Costa. A direita que se cuide, avisava esta noite Fernando Medina na TVI24, Costa “conseguiu ser indigitado, já formou um governo e agora só lhe falta aprovar o Orçamento”. Se o fizer, PSD e CDS ficam numa posição muito delicada – e “a agressividade está condenada ao fracasso”, acrescentava o autarca. O Orçamento do Estado de 2016, que muitos consideram ser o primeiro grande teste à união das esquerdas, e que Costa gostaria de ver resolvido até ao final do ano, só deverá ficar aprovado depois das presidenciais (24 de janeiro). Em março, escreve o DN, mas Bruxelas será tranquilizada antes. Por falar em Bruxelas, o Público diz que Costa teve de desistir do ministério dos Assuntos Europeus (Elisa Ferreira chegou a ser pensada para o cargo) que passa a secretaria de Estado e fica na tutela dos Negócios Estrangeiros.
Em traços gerais: António Costa chamou para o Conselho de Ministros os seus homens de confiança. Totalmente alinhados com a sua estratégia – sem abertura para outras correntes. Um governo de combate, como hoje escrevem os jornais. Um Governo teso, nas palavras de Pedro Santos Guerreiro. Numa orgânica que estará muito dependente do primeiro-ministro. Há gente com reconhecida experiência política (Santos Silva, Vieira da Silva, Pedro Marques, Eduardo Cabrita), mas também há estreantes. Que saltaram das Universidades, que deram nas vistas em várias áreas mas isso só não chega para os tornar bons governantes. O risco “Álvaro Santos Pereira” existe, mas deixemo-los governar. Agora é a sério. Depois do processo surpreendente que vivemos desde as eleições, nos últimos 52 dias, começa agora um novo tempo. A bola está do lado deles. Do PS e das esquerdas. E de António Costa. O negociador, “o homem que se recusa a acreditar nos impossíveis”.
Antes de concluir o capítulo da política, deixe-me ainda chamar a atenção para uma questão que vai marcar o dia. Depois de se saber que afinal a devolução da sobretaxa – que nos venderam durante a campanha que ia ser uma “fortuna” – vai ser de ZERO!, Paúlo Núncio vai dar explicações no Parlamento (e vai dizer que ainda pode render 8,5%). Só agora? Ele e a ministra das Finanças já deviam ter esclarecido publicamente esta embrulhada. Será que nos convencem que os números não foram martelados para ganhar votos? Às 11h30 se verá.
Para Cavaco Silva, o nome de Augusto Santos Silva, escolhido para os Negócios Estrangeiros, será com certeza um dos mais difíceis de aceitar. No seu estilo truculento – ele que gosta de “malhar”, Santos Silva (que ainda por cima era ministro da Defesa) teve com Cavaco (que é também Chefe Supremo das Forças Armadas) uma relação difícil no segundo Governo de Sócrates. Quem esquece o comício de Manuel Alegre, em janeiro de 2011, onde o então ministro se referiu ao PR como “chefe de fação”. E mais recentemente, por causa da não condecoração de José Sócrates, escreveu no Facebook: “Senhor Presidente, (…) não se deixe pressionar. Não condecore Sócrates. É que ele não merece tamanha nódoa no seu currículo. Haverá certamente, dentro em breve, um Presidente merecedor da honra de condecorá-lo”. Bom mas se Cavaco o aceitar, e é o mais certo, o convívio será curto. O Presidente deixa Belém em março do próximo ano. E os socialistas (e as esquerdas) podem finalmente suspirar de alívio! E com certeza não serão os únicos.
Se Santos Silva foi uma novidade (retirado do baú socialista, é certo!), a grande surpresa da lista dos nomes do próximo executivo é Francisca Van Dunem (Público: a primeira mulher negra a chegar a ministra). A alta magistrada dá um salto: do topo do Ministério Público para o topo da Justiça. E da Justiça para a política. Costa vai ter uma ministra que conhece, com pormenor, todas as investigações em curso. E José Sócrates terá gostado desta escolha? Afinal, Costa promove um elemento do mesmo Ministério Público que investiga o ex-PM, que o pretende acusar e que neste momento o mantém em “lume brando”. O mesmo MP que Sócrates diz que só o prendeu para que o PS perdesse as eleições.
O tempo de Cavaco Silva ainda não terminou, a lista de Costa está a ser analisada em Belém e o Presidente ainda hoje deverá ter mais uma conversa com o primeiro-ministro “indicado”. A decisão presidencial só acontece depois desse encontro. No “quem é quem” que lhe chegou às mãos, o Presidente pode contar 17 ministros e 3 secretários de Estado que vão estar na dependência direta do PM. Quem são eles? Veja aqui.
Na lista dos ministros há 9 estreias, 8 repetentes, 4 mulheres, 3 ex-ministros de Sócrates. Há independentes - na Educação um dos mais novos de sempre -, todos costistas e um segurista: João Soares (no entanto, um dos primeiros a defender a maioria de esquerda). E há Carlos César que não consta do rol mas que será peça-chave no futuro da governação. Como líder parlamentar – e o Parlamento vai ser o epicentro dos tempos que ai vêm – será uma espécie de vice-primeiro-ministro de Costa. O número dois. Essencial nas relações/negociações com as esquerdas.
E com a direita? Não lhes “pedi a mão” disse já António Costa. A direita que se cuide, avisava esta noite Fernando Medina na TVI24, Costa “conseguiu ser indigitado, já formou um governo e agora só lhe falta aprovar o Orçamento”. Se o fizer, PSD e CDS ficam numa posição muito delicada – e “a agressividade está condenada ao fracasso”, acrescentava o autarca. O Orçamento do Estado de 2016, que muitos consideram ser o primeiro grande teste à união das esquerdas, e que Costa gostaria de ver resolvido até ao final do ano, só deverá ficar aprovado depois das presidenciais (24 de janeiro). Em março, escreve o DN, mas Bruxelas será tranquilizada antes. Por falar em Bruxelas, o Público diz que Costa teve de desistir do ministério dos Assuntos Europeus (Elisa Ferreira chegou a ser pensada para o cargo) que passa a secretaria de Estado e fica na tutela dos Negócios Estrangeiros.
Em traços gerais: António Costa chamou para o Conselho de Ministros os seus homens de confiança. Totalmente alinhados com a sua estratégia – sem abertura para outras correntes. Um governo de combate, como hoje escrevem os jornais. Um Governo teso, nas palavras de Pedro Santos Guerreiro. Numa orgânica que estará muito dependente do primeiro-ministro. Há gente com reconhecida experiência política (Santos Silva, Vieira da Silva, Pedro Marques, Eduardo Cabrita), mas também há estreantes. Que saltaram das Universidades, que deram nas vistas em várias áreas mas isso só não chega para os tornar bons governantes. O risco “Álvaro Santos Pereira” existe, mas deixemo-los governar. Agora é a sério. Depois do processo surpreendente que vivemos desde as eleições, nos últimos 52 dias, começa agora um novo tempo. A bola está do lado deles. Do PS e das esquerdas. E de António Costa. O negociador, “o homem que se recusa a acreditar nos impossíveis”.
Antes de concluir o capítulo da política, deixe-me ainda chamar a atenção para uma questão que vai marcar o dia. Depois de se saber que afinal a devolução da sobretaxa – que nos venderam durante a campanha que ia ser uma “fortuna” – vai ser de ZERO!, Paúlo Núncio vai dar explicações no Parlamento (e vai dizer que ainda pode render 8,5%). Só agora? Ele e a ministra das Finanças já deviam ter esclarecido publicamente esta embrulhada. Será que nos convencem que os números não foram martelados para ganhar votos? Às 11h30 se verá.
FRASES
Marcelo para Costa: “As maiores felicidades”
Maria de Belém. Cavaco “estava a adiar o inadiável”
Sampaio da Nóvoa. Candidato acredita num “bom executivo, num bom programa, e num bom orçamento”
Marisa Matias. Cavaco “decidiu finalmente ser Presidente da República”
Edgar Silva. Estão criadas condições para “devolver” direitos “usurpados”
OUTRAS NOTÍCIAS
Enquanto andamos entretidos e tão concentrados no nosso microcosmos político, o mundo não deixou de girar. E que voltas tem dado. O que se passa aqui tão perto é grave. A tensão é muita. O abate de um avião militar russo pela Turquia, junto à fronteira com a Síria, está a gerar duras reações. Putin diz que foi uma “facada nas costas” que terá sérias consequências, e já acusou a Turquia de ser cúmplice do DAESH. A NATO reuniu-se de emergência, e está solidária com os turcos. O The Guardian confirma a morte de um dos pilotos. Obama já veio dizer que a Rússia e a Turquia devem dialogar. O presidente norte-americano falava ao lado de François Hollande que está nos EUA, e juntos anunciaram que os dois países decidiram intensificar os ataques contra os “jihadistas”: “O Estado Islâmico deve ser destruído”.
Notícia desta noite: reféns e tiroteio na fronteira belga. Dois homens armados entraram num edifício em Roubaix e feito vários disparos depois de um assalto que correu mal. Mas a polícia já veio esclarecer que não há ligação aos atentados de Paris.
Na Tunísia, a explosão de um autocarro da guarda presidencial matou 12 pessoas e feriu cerca de 16. A explosão ocorreu numa das principais avenidas de Tunes, a capital tunisina.
O FC Porto sofreu a primeira derrota da temporada, frente ao Dínamo Kiev por 2-0. A crónica do jogo do Dragão é da Mariana Cabral: “Si a ti te gusta, a mim enjoa-me”
Marcelo para Costa: “As maiores felicidades”
Maria de Belém. Cavaco “estava a adiar o inadiável”
Sampaio da Nóvoa. Candidato acredita num “bom executivo, num bom programa, e num bom orçamento”
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Edgar Silva. Estão criadas condições para “devolver” direitos “usurpados”
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Enquanto andamos entretidos e tão concentrados no nosso microcosmos político, o mundo não deixou de girar. E que voltas tem dado. O que se passa aqui tão perto é grave. A tensão é muita. O abate de um avião militar russo pela Turquia, junto à fronteira com a Síria, está a gerar duras reações. Putin diz que foi uma “facada nas costas” que terá sérias consequências, e já acusou a Turquia de ser cúmplice do DAESH. A NATO reuniu-se de emergência, e está solidária com os turcos. O The Guardian confirma a morte de um dos pilotos. Obama já veio dizer que a Rússia e a Turquia devem dialogar. O presidente norte-americano falava ao lado de François Hollande que está nos EUA, e juntos anunciaram que os dois países decidiram intensificar os ataques contra os “jihadistas”: “O Estado Islâmico deve ser destruído”.
Notícia desta noite: reféns e tiroteio na fronteira belga. Dois homens armados entraram num edifício em Roubaix e feito vários disparos depois de um assalto que correu mal. Mas a polícia já veio esclarecer que não há ligação aos atentados de Paris.
Na Tunísia, a explosão de um autocarro da guarda presidencial matou 12 pessoas e feriu cerca de 16. A explosão ocorreu numa das principais avenidas de Tunes, a capital tunisina.
O FC Porto sofreu a primeira derrota da temporada, frente ao Dínamo Kiev por 2-0. A crónica do jogo do Dragão é da Mariana Cabral: “Si a ti te gusta, a mim enjoa-me”
O QUE ANDO A LER
Em 1966, Rui D’Espiney era um fervoroso opositor do regime que “brutalmente o interrogou, torturou, condenou e prendeu”. D’Espiney confessou até que participou no assassinato de um informador da PIDE. Dennis Redmont, que assina este artigo da revista POLITICO, era na altura correspondente da Associated Press, e escreveu para os jornais internacionais sobre as torturas e a prisão do então estudante de Sociologia. Pôs o caso nas bocas do mundo. E D’Espiney, como escreve, tornou-se numa “underground celebrity”. A sua história espoletou manifestações de centenas de estudantes na Cidade Universitária exigindo mais democracia e menos repressão. Mas não escapou a uma condenação de 19 anos de prisão.
Rui D’Espiney – “o último guerrilheiro maoista português”, como é descrito - tem hoje 72 anos e está doente – “os médicos até já aconselharam os amigos que o visitem e que se despeçam”. Redmont, com a mesma idade, voltou agora à sua história. E às velhas lutas: “The old fights of Lisbon’s new left”. E são essas memórias que lhe dão o gancho para falar dos dias políticos que correm em Portugal. E dos filhos da velha/nova esquerda: As gémeas Mortágua filhas de Camilo Mortágua, João Soares filho de Mário Soares, Alexandre Quintanilha cujo pai foi dirigente anarquista, e António Costa, o agora indigitado primeiro-ministro, que conviveu com o Partido Comunista onde militava o seu pai.
Este artigo foi-me sugerido pelo Manuel Alegre, outro dos nomes citados no texto da POLITICO. Hoje assinala-se o fim do PREC (processo revolucionário em curso) – Passos e Portas, que têm falado de “um novo PREC”, celebram hoje a data no Parlamento. A 25 de novembro de 1975 o país entrava finalmente na Democracia. Em 2015, 40 anos depois, as esquerdas, com a sua maioria parlamentar, assumiram o comando.
É histórico, sem dúvida, mas por quanto tempo?
Em 1966, Rui D’Espiney era um fervoroso opositor do regime que “brutalmente o interrogou, torturou, condenou e prendeu”. D’Espiney confessou até que participou no assassinato de um informador da PIDE. Dennis Redmont, que assina este artigo da revista POLITICO, era na altura correspondente da Associated Press, e escreveu para os jornais internacionais sobre as torturas e a prisão do então estudante de Sociologia. Pôs o caso nas bocas do mundo. E D’Espiney, como escreve, tornou-se numa “underground celebrity”. A sua história espoletou manifestações de centenas de estudantes na Cidade Universitária exigindo mais democracia e menos repressão. Mas não escapou a uma condenação de 19 anos de prisão.
Rui D’Espiney – “o último guerrilheiro maoista português”, como é descrito - tem hoje 72 anos e está doente – “os médicos até já aconselharam os amigos que o visitem e que se despeçam”. Redmont, com a mesma idade, voltou agora à sua história. E às velhas lutas: “The old fights of Lisbon’s new left”. E são essas memórias que lhe dão o gancho para falar dos dias políticos que correm em Portugal. E dos filhos da velha/nova esquerda: As gémeas Mortágua filhas de Camilo Mortágua, João Soares filho de Mário Soares, Alexandre Quintanilha cujo pai foi dirigente anarquista, e António Costa, o agora indigitado primeiro-ministro, que conviveu com o Partido Comunista onde militava o seu pai.
Este artigo foi-me sugerido pelo Manuel Alegre, outro dos nomes citados no texto da POLITICO. Hoje assinala-se o fim do PREC (processo revolucionário em curso) – Passos e Portas, que têm falado de “um novo PREC”, celebram hoje a data no Parlamento. A 25 de novembro de 1975 o país entrava finalmente na Democracia. Em 2015, 40 anos depois, as esquerdas, com a sua maioria parlamentar, assumiram o comando.
É histórico, sem dúvida, mas por quanto tempo?
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