"Há uns meses, o governo, numa iniciativa inédita, mandava suspender as obras de renovação das escolas públicas.
Com um comportamento bem diferente daquele que tem com as muitas
Parecerias Público-Privadas - ver como no caso da Lusoponte se devolveu
dinheiro indevido e se esperou pela renegociação do contrato - e quase
todas as obras contratadas com privados, as dúvidas que tinha em relação aos ajustes diretos da Parque Escolar e às despesas reais destas obras
ditaram que se suspendesse primeiro e se esclarecesse depois. Esta
diferença de comportamento explica-se por várias declarações de Passos
Coelho sobre estas obras: considerava-as um luxo. Isto quando cortava
nas despesas em educação muito mais do que a troika exigira e aumentava
os subsídios públicos ao ensino privado.
Devo esclarecer, antes de tudo, que tenho (e escrevi
sobre isso na altura) todas as dúvidas de princípio sobre a forma como a
renovação do parque escolar público foi conduzida. Antes de mais, em
relação à eficácia dos ajustes diretos na boa gestão dos recursos públicos.
Eles corresponderam a 62,6% das empreitas e apenas a 7,2% do valor
total das adjudicações. Mas nos estudos e projetos, foram próximos da
totalidade (96,3%), dando razão às críticas de muitos arquitetos. E
também mantenho todas as críticas em relação à criação de empresas paralelas à administração pública na gestão destes investimentos e na posse dos espaços depois das obras feitas."
aqui.
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