"O Serviço Nacional de Saúde (SNS) está “ tecnicamente falido”, a ADSE é “economicamente insustentável “ e não existe em Portugal economia privada da saúde. Baseando-se nestas e noutras “evidências”, o gestor hospitalar António Ferreira retoma propostas polémicas, como a da extinção da ADSE e a defesa da exclusividade dos médicos que trabalham no SNS.
Fá-lo, desta vez, não num programa de televisão ou numa conferência, mas num livro em que fundamenta as suas propostas em dados estatísticos e em estimativas. Na Reforma do sistema de saúde – A minha visão, que esta quarta-feira é apresentado no Porto, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João calcula que a ADSE apenas seria auto-sustentável se os beneficiários descontassem entre 6 a 7% do seu salário, mais do dobro do que acontece actualmente. Como “descontos desta magnitude são insuportáveis”, a solução é extinguir o subsistema de saúde dos funcionários públicos, recomenda.
Para o gestor hospitalar, não há alternativa: é urgente avançar para “uma reforma séria e profunda do sistema de saúde”. O Estado não tem dinheiro suficiente para “continuar a sustentar um sector público despesista e ineficiente e, simultaneamente, um sector privado que não o é menos “– e que é financiado em grande parte através dos subsistemas públicos de saúde (só a ADSE contribui para os privados com 410,9 milhões de euros em 2012, lembra). Aliás, o sector privado “não teria viabilidade económica” se dependesse apenas dos seguros privados e dos pagamentos directos, sustenta.
Os estudos mostram que o povo português está insatisfeito com os cuidados de saúde que lhe são proporcionados. Apesar disso, nota António Ferreira, “Portugal mantém, praticamente inalterado desde a sua criação, um sistema de saúde insustentável e em ruptura financeira”. De acordo com os seus cálculos, entre 2002 e 2011, o SNS acumulou um saldo negativo de 3,6 mil milhões de euros."
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Fá-lo, desta vez, não num programa de televisão ou numa conferência, mas num livro em que fundamenta as suas propostas em dados estatísticos e em estimativas. Na Reforma do sistema de saúde – A minha visão, que esta quarta-feira é apresentado no Porto, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João calcula que a ADSE apenas seria auto-sustentável se os beneficiários descontassem entre 6 a 7% do seu salário, mais do dobro do que acontece actualmente. Como “descontos desta magnitude são insuportáveis”, a solução é extinguir o subsistema de saúde dos funcionários públicos, recomenda.
Para o gestor hospitalar, não há alternativa: é urgente avançar para “uma reforma séria e profunda do sistema de saúde”. O Estado não tem dinheiro suficiente para “continuar a sustentar um sector público despesista e ineficiente e, simultaneamente, um sector privado que não o é menos “– e que é financiado em grande parte através dos subsistemas públicos de saúde (só a ADSE contribui para os privados com 410,9 milhões de euros em 2012, lembra). Aliás, o sector privado “não teria viabilidade económica” se dependesse apenas dos seguros privados e dos pagamentos directos, sustenta.
Os estudos mostram que o povo português está insatisfeito com os cuidados de saúde que lhe são proporcionados. Apesar disso, nota António Ferreira, “Portugal mantém, praticamente inalterado desde a sua criação, um sistema de saúde insustentável e em ruptura financeira”. De acordo com os seus cálculos, entre 2002 e 2011, o SNS acumulou um saldo negativo de 3,6 mil milhões de euros."
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