no diário digital...
"Pela primeira vez este ano, o Ministério da Educação e Ciência (MEC)
decidiu premiar as escolas que conseguissem diminuir o número de alunos
em risco de abandono escolar, atribuindo-lhes horas extra para
desenvolverem projetos educativos.
O MEC analisou a situação em que estavam os estudantes no final dos
anos letivos de 2012/13 e 2013/14, tendo em conta se tinham passado de
ano ou se, por alguma razão, estavam em risco ou abandonaram a escola
(RA).
Todos os alunos que abandonaram a escola, anularam a matrícula ou
ficaram retidos ou excluídos por faltas foram considerados como
estudantes em situação de risco e, por isso, o seu percurso foi
acompanhado.
A Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência encontrou 89
escolas que, apesar de ter "tido elevados níveis de abandono em
2012/13", conseguiram reduzir o abandono escolar para menos de metade no
ano passado.
Cada uma destas escolas ganhou, por isso, 30 horas de crédito que
poderá usar este ano com projetos para melhorar os resultados dos seus
alunos.
Segundo o MEC, estas 89 escolas representam cerca de 25% das que têm
elevados níveis de abandono. No total, o MEC vai atribuir-lhes 2.670
horas de crédito horário.
O Indicador de Eficácia Educativa (EFI) é outro dos items avaliado
que permite às escolas ganhar crédito horário semanal, tendo em conta as
notas obtidas pelos alunos nos exames nacionais e os resultados
conseguidos ao longo do ano.
As escolas onde os alunos conseguem ter notas nos exames não muito
distantes das obtidas ao longo do ano pelo trabalho realizado na sala de
aula são premiadas, assim como a evolução das notas ao longo dos anos.
Este ano, o MEC vai atribuir 2.930 horas distribuídas por 200
escolas, ou seja, serão premiados mais 51 estabelecimentos de ensino do
que no ano passado.
Além disso, este ano foi possível “identificar quatro agrupamentos de
escolas que ao longo destes três anos se mantiveram no grupo de topo
das 20% de escolas que mais evidenciaram melhoria nos resultados da
avaliação sumativa externa (exames ou provas nacionais), tendo-lhes sido
atribuído, de acordo com os critérios previstos, um crédito de 30
horas”.
Com a atribuição destas horas, as escolas podem reforçar a carga
curricular em disciplinas com menor sucesso, podem pedir a presença de
mais professores na sala de aula (coadjuvação) ou apoiar alunos ao
primeiro sinal de dificuldades.
Cabe aos órgãos da escola decidir que atividades devem desenvolver
com as horas atribuídas, assim como que recursos humanos devem afetar,
sublinha o MEC, lembrando que “tem vindo a apoiar as escolas neste
sentido desde 2012”.
Em relação ao ano passado, o crédito atribuído por essas componentes
aumentou este ano em 2750 horas, sendo que só 2.670 horas vieram do RA,
que foi aplicado pela primeira vez agora.
O MEC salienta que “mais 100 escolas recebem crédito, tendo duplicado
o número das que o recebem este ano (31,9 %), em relação a 2013/2014”."
aqui.
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