segunda-feira, 29 de setembro de 2014

coisas da (des)educação... já não há pachorra para tanta ilegalidade administrativa...!


no público 'online'...

"Faz parte do grupo dos professores que conseguiram colocação via Bolsa de Contratação de Escola (BCE), a 12 de Setembro. Foi chamada a uma escola do Norte porque preencheria os requisitos que o estabelecimento de ensino havia definido. Quando chegou, foi entrevistada. Objectivo: comprovar a veracidade das respostas que tinha dado na plataforma informática. O problema foi não ter documentos sobre todos e cada um dos projectos nos quais participou em diferentes escolas ao longo de 13 anos. Como não conseguiu comprovar alguns dados foi mandada embora.

A história é contada por uma professora de Educação Especial, de 35 anos e 13 de serviço, e aconteceu antes de o Ministério da Educação e Ciência (MEC) ter decidido, na madrugada de sexta-feira, permitir que, até às 23h59 desta terça-feira, cerca de 40 mil candidatos tenham acesso aos dados na plataforma de candidatura e rectifiquem as respostas dadas quando se candidataram. Depois voltará a ser feita uma nova ordenação de professores — a inicial estava incorrecta, devido a um erro matemático, e a fórmula deverá ser corrigida.

Esta professora de Educação Especial, que não quis que o seu nome fosse divulgado, entende que as questões da plataforma não eram claras e que podiam originar interpretações diferentes entre candidatos e directores de escolas. A algumas perguntas, já nem se lembra bem do que respondeu, argumenta que eram dezenas de subcritérios e que a plataforma estava sempre a ir abaixo. Num caso, garante que não pode ter respondido “cinco anos” a uma das perguntas sobre a participação num projecto, porque só o fez em quatro. No entanto, o sistema considerou cinco.

O presidente da Associação Nacional de Professores Contratados, César Israel Paulo, defende que a reabertura da plataforma não vai corrigir este tipo de problemas. E que a história desta professora se vai repetir com outros, uma vez que, argumenta, continua a haver subcritérios que são de confirmação “praticamente impossível”.


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