Alunos tinham de escolher se queria ter dois ou seis pontos a mais no
exame. Mas se mais de 10% da turma selecionasse a opção "seis pontos",
ninguém teria pontos extra. O segredo? Espírito de equipa.
"Na aula do professor Dyla Selterman, os estudantes de Psicologia Social da Universidade de Maryland estavam a fazer o exame final de curso. Depois de responder a uma série de perguntas sobre a matéria, o professor colocou uma questão para quem quisesse aumentar um pouco a nota. Foi a seguinte:
Selecione se quer receber dois ou seis pontos extra na classificação final do seu exame. Mas há um senão: se mais que 10% da turma selecionar a opção “seis pontos”, então ninguém ganha nenhum ponto extra.
Nota: A sua resposta será anónima para o resto da turma, apenas eu verei as respostas.
Talvez tenha sido a pergunta mais difícil de responder do curso inteiro: claro que toda a gente prefere receber seis pontos extra, mas se todos se limitarem a seguir a sua vontade, ninguém sai a ganhar. Portanto os alunos tinham duas hipóteses: ou se deixavam seguir pela ganância e arriscavam dois pontos pela pequena probabilidade de ganhar seis; ou então jogavam pelo seguro, fiavam-se na inteligência dos colegas e todos aumentavam a nota em dois pontos.
De acordo com as declarações do professor Dyla Selterman citadas pelo ABC, a apresentação deste tipo de exercícios é uma prática comum do docente desde 2008. E tem um propósito: ensinar aos alunos como o comportamento de grupo pode afetar um indivíduo e demonstrar as vantagens do trabalho em equipa. Além disso, tem um conceito da Psicologia Social implícito: “tragédia dos comuns”, ou seja, como os recursos comuns podem destruir-se quando estão ao alcance de todos.
E quem inventou esta pergunta pela primeira vez? Dyla Selterman explica que se deparou com ela pela primeira vez quando era estudante universitário e frequentava as aulas de Steve Drigotas, docente na Universidade Johns Hopkins. Desde que a começou a usar nas suas próprias aulas só houve uma vez em que todos saíram prejudicados."
no observador... aqui.
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