segunda-feira, 2 de novembro de 2015

um dos temas do costume... os portugueses e o mundo global...!



da edição impressa do público...


"Define o seu Culture Map como uma ferramenta para gestores internacionais e homens de negócios. Para que serve essa ferramenta?


O mundo vive um momento de globalização e pessoas têm de trabalhar com clientes, empregados ou fornecedores de diferentes países. E uma grande parte das empresas e dos gestores entra no mercado global do trabalho com um estereótipo simples sobre como é o país para onde vão. O problema desse estereótipo não é que seja incorrecto, mas é incompleto. Resume-se a única narrativa sobre como é uma certa cultura e leva-nos a conclusões baseadas nessa narrativa. Ora essas conclusões têm muitas armadilhas. O que eu pretendo com o Cultural Map é fornecer às pessoas uma grelha com oito escalas onde se pode olhar para as complexidades e, por vezes, para as contradições de uma certa cultura. Um exemplo: eu sou americana e vivo em França há 16 anos e se olhar para estes dois países noto que o estereótipo francês em relação aos americanos é que eles são explícitos e directos e o estereótipo americano dos franceses é que eles são muito implícitos e indirectos. E isso resulta do facto verdadeiro de que os americanos são mais explícitos do que os franceses. Os americanos, no entanto, têm a ideia da importância da clareza em todas as circunstâncias excepto quando têm de comunicar algo negativo (negative feedback). Neste caso em concreto, a cultura americana comparada com a cultura francesa é muito indirecta. Então, os americanos sempre que querem dizer algo negativo, embrulham-no num pacote positivo. Eu trabalhei com uma francesa que tem um patrão americano e este disse-lhe uma vez que o seu desempenho era inaceitável. Mas fê-lo de acordo com a cultura americana: ‘Isto está bem, apreciei aquilo, isto é o que precisas de fazer de forma diferente, isto é o que precisas de mudar’. E ela saiu da reunião a pensar que a sua avaliação era excelente, porque na cultura francesa comunica-se uma apreciação negativa de uma forma directa. Este é um exemplo de como um estereótipo pode levar a armadilhas. Com o Culture Map podemos situar essas diferenças e as áreas onde há similitudes, e ter uma preparação mais complexa para as situações."


pode continuar a ler a entrevista no público em linha... aqui.

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