"À paz dos cemitérios que reina na Educação serve bem a paz dos
anestesiados que domina os professores. Dois acontecimentos permitem
glosar o tema e extrapolá-lo para a situação do país. Refiro-me à
alteração do normativo que regula o concurso dos professores e à
situação da Parque Escolar. Comecemos pelo primeiro caso. Nuno Crato
exultou com o acordo a que chegou com seis sindicatos. Os sindicalistas
orgulharam-se com as alterações que conseguiram entre a primeira
proposta do ministério e o texto final. De comum têm serem parceiros de
uma comédia de disfarces e de um jogo de ilusões. Ouvi-los reconduz-nos
às longas noites eleitorais, em que todos ganham. Crato não resolveu um
único problema dos que se arrastam há décadas. Dirigentes de sindicatos,
onde há mais chefes que índios, esqueceram-se que o exercício não era
comparar a primeira proposta do ministério com o texto final. Seria
comparar a lei vigente com a que vai ser aprovada. Se o tivessem feito,
não assinariam. Pela simples razão que, salvo um ou outro detalhe menor,
os professores perdem em todos os pontos do acordo."
aqui.
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