domingo, 30 de setembro de 2012
notícia [das actualidades ranhosas]... [do 'tremendismo' iníquo da presente austeridade...!]... 90% dos cortes na despesa são cortes nos salários [é que não dá para acreditar numa 'barbaridade' destas... sempre a favor do 'capital'...!]... no sol...!
"Despesas de funcionamento do Estado subiram 1,2 mil milhões de euros até
Agosto face a 2011. Corte nas 'gorduras' permanece adiado e poupanças
resumem-se a corte de salários."
para ler a notícia na íntegra... aqui.
a piada do dia [de ontem]... o sr. 'professor' [antónio borges] falou... está falado [tsu é o 'máximo'... a 'solução final'...?]... no diário económico....!
leitura... a loucura da austeridade na europa... de paul krugman... na folha de s. paulo...!
"Alemães retratam a crise do euro como um drama de moralidade; não importa que não tenha sido assim
A complacência não deu em nada. Dias atrás, a visão generalizada era que
a Europa finalmente tinha as coisas sob controle. Ao prometer comprar,
se fosse preciso, as obrigações de governos que passam por problemas, o
Banco Central Europeu tinha acalmado os mercados.
Tudo o que os devedores tinham de fazer era aceitar mais e maior
austeridade -condição dos empréstimos do BCE- e tudo ficaria bem.
Mas, de repente, Espanha e Grécia são sacudidas por greves e protestos
enormes. O público desses países está dizendo que já chegou ao limite:
com o desemprego em níveis dignos da Grande Depressão e com
trabalhadores reduzidos a vasculhar o lixo em busca de comida, a
austeridade já foi longe demais.
Os manifestantes estão certos. Mais austeridade não servirá a nenhum fim
útil; os atores realmente irracionais são os políticos e as autoridades
supostamente sérios, que exigem cada vez mais sofrimento.
Considere-se a Espanha. Basicamente, o país vive a ressaca da enorme
bolha imobiliária, que causou um boom econômico e um período de inflação
que deixaram a indústria espanhola pouco competitiva.
Com o estouro da bolha, a Espanha levará anos para recuperar sua
competitividade. A não ser que o país deixe a zona do euro, um passo que
ninguém quer dar, ele está condenado a anos de desemprego alto.
Mas esse sofrimento, que pode ser visto como inevitável, está sendo
amplificado em muito pelos rígidos cortes nos gastos públicos.
A Espanha não enfrentou problemas porque seu governo foi perdulário. Na
véspera da crise, tinha superavit orçamentário e dívida baixa. Grandes
deficit emergiram quando a economia entrou em recessão, carregando a
receita com ela, mas, mesmo assim, a Espanha não parece ter uma dívida
tão grande assim.
Em outras palavras, a Espanha não precisa de mais austeridade. O país
provavelmente não tem alternativa a um longo período de tempos difíceis.
Mas cortes selvagens nos serviços públicos essenciais e na ajuda aos
necessitados prejudicam as perspectivas de ajuste bem-sucedido no país.
Por que, então, se pede mais e mais austeridade?
Parte da explicação é que "pessoas muito sérias" se deixaram convencer
pelo culto à austeridade, pela crença de que o deficit orçamentário, e
não o desemprego em massa, é o perigo real e imediato.
Além disso, autoridades alemãs retratam a crise do euro como um drama de
moralidade: países gastaram mais do que tinham e agora enfrentam as
consequências. Não importa que não tenha sido isso o que aconteceu, nem o
fato inconveniente de que bancos alemães tiveram papel importante na
inflação da bolha imobiliária espanhola.
Pior: muitos eleitores alemães creem nisso, em boa medida porque é o que
os políticos lhes disseram. E o medo da reação negativa de eleitores
faz com que os políticos alemães não queiram aprovar créditos
emergenciais para a Espanha e outros países, a não ser que os devedores
sejam castigados primeiro.
Passou da hora de pôr fim a essa insensatez cruel. Se a Alemanha quer
realmente salvar o euro, deve deixar o BCE fazer o que é preciso para
resgatar os países devedores -sem exigir mais sofrimento."
sábado, 29 de setembro de 2012
crónica... jesus era casado?... de padre fernando calado rodrigues... no cm...!
"A descoberta de um papiro do século IV que menciona a mulher de Jesus
reacendeu a polémica em torno do celibato dos padres e do papel da
mulher na Igreja.
Foi desta forma que muitos órgãos de comunicação
leram os resultados da investigação de Karen King, especialista em
História do Cristianismo de Harvard.
Lendo com
atenção as declarações da investigadora chega-se à conclusão que ela
limita-se a afirmar que num fragmento, do tamanho de um cartão de
crédito, se lê a expressão "Jesus disse-lhes: ‘A minha mulher..." Isto
não deve ser assumido como prova irrefutável do casamento de Jesus, mas
tão só que alguns cristãos acreditavam que Jesus teria sido casado.
Apesar
dos esclarecimentos da historiadora, um artigo chega mesmo a afirmar
que "a discussão é particularmente preocupante para a Igreja Católica,
que proíbe o sacerdócio a mulheres e proíbe o casamento dos padres, num
modelo baseado na vida de Jesus".
De facto, a
Igreja não ordena mulheres. Mas há padres casados na Igreja Católica,
sempre existiram e, provavelmente, sempre existirão. O Concílio Vaticano
II afirmou claramente que o celibato não é exigido pela própria
natureza do sacerdócio, como se pode ver "pela prática da Igreja
primitiva e pela tradição das Igrejas orientais, onde (...) existem
meritíssimos presbíteros casados" (PO nº 16).
Muitos
desconhecem que a Igreja Católica tem sacerdotes casados. Nas Igrejas
de rito oriental, em países como a Grécia, Hungria, Ucrânia ou Rússia -
que têm uma liturgia própria e regras diferentes das nossas, mas que são
católicos como nós - sempre houve padres casados e padres celibatários.
Para
toda a Igreja Católica, o celibato, mais do que a mera imitação de
Jesus, é um dom que é concedido a alguns, que se sentem felizes e
realizados com esse estilo de vida que, em princípio, lhes permite uma
maior disponibilidade para dedicação total às comunidades cristãs. No
ocidente é exigida uma vida celibatária aos que querem assumir o
sacerdócio, mas nada impede que, no futuro, como já acontece no rito
oriental, não possam vir a ser ordenados homens casados. É que o
celibato é uma mera norma disciplinar e não um dogma de fé, universal e
obrigatório."
crónica... [do jogo do enforcado...?]... o nó que se aperta à volta do nosso pescoço... de joão miguel tavares... no cm...!
"Há um nó na nossa sociedade que ninguém está a ser capaz de desatar: as
pessoas que deviam domar o monstro são as pessoas que o monstro alimenta
há décadas.
Do PSD ao PS, do CDS ao Bloco e ao PCP, cada partido e
cada deputado desempenha as mesmas coreografias de sempre, seja de
apoio ou de oposição, mesmo quando tudo parece desabar à sua volta. Não
há imagem mais emblemática desse estado de coisas do que Catarina
Martins a protestar contra o governo à porta do Palácio de Belém,
enquanto uma manifestante lhe gritava aos ouvidos "gatunos, gatunos, é
tudo igual".
Este "é tudo igual" é absolutamente
terrível porque, no fundo, é também absolutamente verdadeiro. Claro que
dissolver a individualidade de cada político numa massa indistinta é o
melhor convite para o aparecimento dos iluminados anti-sistema, que
habitualmente são mais perigosos do que aqueles que lá estão. Só que o
afundanço de Portugal é também o afundanço de um sistema que não está a
ser capaz de dar respostas aos problemas do país, na medida em que essa
resposta passa por uma modificação pro-funda das suas regras
defuncionamento.
Mas quem tem, neste momento, a
coragem, a capacidade e a inteligência para matar o pai? Este conflito
político-edipiano, chamemos-lhe assim, esteve bem à vista no último
Conselho de Estado: os conselheiros que supostamente deviam salvar o
país da TSU eram os mesmos que tinham contribuído ao longo de anos e
anos para o estado a que o país chegou. O povo quer pureza, novas
atitudes e caminhos alternativos, mas é como procurar virgens no meio de
um bordel. E à falta de respostas, o nó continua a apertar. Em redor do
nosso pescoço."
comunicado... sobre o ensino vocacional no ensino básico... via portal do governo...!
"Foi ontem publicada em Diário da República a portaria que regulamenta o projeto-piloto do
Ensino Vocacional. Neste ano letivo, a nova via será implementada
enquanto projeto piloto em pelo menos 12 escolas públicas e
privadas, abrangendo de momento cerca de 200 alunos em várias
regiões do país. Outras escolas poderão candidatar-se para
oferecê-la a partir do ano 2013/2014, apresentando um projeto até
junho de 2013.
A via vocacional surge como alternativa para responder aos
alunos que, num determinado momento do seu percurso escolar,
queiram optar por uma vertente de ensino mais prática. O
encaminhamento deve ser precedido por um processo de avaliação
vocacional que demonstre ser nesse momento a via mais adequada às
necessidades de formação dos alunos. Esse encaminhamento dependerá
sempre da concordância do encarregado de educação.
O ensino vocacional será particularmente recomendado aos
estudantes que manifestem constrangimentos com os estudos do ensino
regular e procurem uma alternativa a este tipo de ensino. Para
ingressarem nesta via, os alunos devem ter a idade mínima de 13
anos. Será particularmente recomendado aos alunos com duas
retenções no mesmo ciclo ou três retenções em ciclos
diferentes.
No plano de estudos desta oferta, haverá uma componente geral,
que integra as disciplinas de Português, Matemática, Inglês e
Educação Física, com carga horária idêntica à do ensino regular;
uma componente complementar, da qual fazem parte História,
Geografia, Ciências Naturais, Físico-Química e, eventualmente, uma
segunda língua; e uma componente vocacional, que integrará
atividades vocacionais e práticas simuladas. Cada escola definirá
os programas com a distribuição dos tempos pelos tópicos na
componente complementar, em função da natureza destes e em
articulação com a componente vocacional.
A estrutura curricular é organizada por módulos, o que permitirá
aos alunos concluí-los de forma faseada. A duração de cada ciclo
não é fixa, podendo ser adaptada aos conhecimentos já adquiridos e
ao percurso escolar dos alunos. As escolas terão um elevado grau de
autonomia para que possam fazer essa adaptação.
Para poderem progredir, os alunos têm de assistir a pelo menos
90 por cento dos tempos letivos de cada módulo das componentes
geral, complementar e vocacional, e participar integralmente na
pratica simulada definida. No final de cada ciclo, podem regressar
à via de ensino regular, desde que tenham aproveitamento nas provas
finais nacionais.
Com esta via educativa pretende-se oferecer uma alternativa
prática exigente, completar a resposta a necessidades fundamentais
dos alunos e assegurar a inclusão de todos no percurso escolar.
Estes cursos devem garantir uma igualdade efetiva de oportunidades,
consagrando alternativas adequadas e flexíveis, que permitam dotar
os alunos de ferramentas para enfrentar o futuro e, posteriormente,
também, os desafios do mercado de trabalho.
No final do primeiro ano deste projeto piloto, será feita uma
avaliação do mesmo."
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
crónica... onde é que isto acabará?... [num beco sem saída...pelos vistos...!]... de luciano amaral... no cm...!
"João Pereira Coutinho já notou aqui que os países do euro em
dificuldades seguem um guião, que começa na crise financeira e acaba na
crise política. Nada mais certo.
O sistema político grego esfrangalhou-se, com o
colapso dos grandes partidos, em particular o Socialista, e a ascensão
dos radicais, sobretudo de esquerda. A Itália é governada há quase um
ano por uma espécie de ditador, certamente benévolo, mas lá posto por
algo de parecido a um golpe de Estado da UE. Em Espanha é o próprio país
que ameaça esfrangalhar-se, com a Catalunha a apontar para a
independência, e o País Basco logo atrás.
E
Portugal? Em Portugal, vimos a autoridade do Governo maioritário
desfazer-se perante uma combinação de deliquescência própria, pressão da
rua e de algumas elites. Isto enquanto há sondagens a mostrar que a
esquerda radical vale mais do que o partido principal do Governo e a
dizer que 90% dos portugueses estão "desiludidos com a democracia". A
grande crise do euro não é económica, mas política, e ameaça levar--nos
para paragens muito estranhas. Está na hora de pensarmos em tudo para
sairmos dela."
crónica... [próxima dos três macacos... mas há um (de entre vários) que não é mudo...!]... cegos e surdos [a caminho do abismo]... de joão pereira coutinho... no cm...!
"Perguntava na última coluna se Passos Coelho iria recuar totalmente na
TSU; ou se conservaria o bebé (aliviá-la para as empresas), atirando
fora a água do banho (aumentá-la para os trabalhadores).
O governo decidiu atirar tudo fora, o que significa
duas coisas: primeiro, que a rua passa a mandar daqui para a frente; e,
segundo, que a única estratégia do governo será assaltar na estrada o
que (ainda) mexe na economia portuguesa.
Não vale
a pena descrever os resultados desta estratégia: as viagens para Atenas
nunca estiveram tão baratas. Mas talvez não seja inútil repetir, nem
que seja para memória póstuma, que o labirinto em que estamos perdidos
exigia estadistas à altura: gente capaz de renegociar uma dívida
(impagável) e, lamento dizê-lo, uma saída (amparada) da zona euro.
Como
não temos estadistas; e como o debate público foi canibalizado pela
tralha partidária, é assim que estamos: a caminhar, cegos e surdos, rumo
ao abismo."
opinião... a 'coisa' actual [crise... e outros arremedos]... de ricardo arroja... no i...!
"O discurso político parece exclusivamente orientado para as
exportações. É realista equilibrar as nossas contas externas,
comprimindo procura interna até que este sector exportador mínimo
permita que esta procura possa subir?
Não. As exportações devem ser uma prioridade, mas mais importante é
substituir importações. A ênfase não deve estar nas exportações, mas sim
nos transaccionáveis, o que é diferente. É fazer coisas, produzir
coisas. Nós deixámos de fazer coisas. Isso é desde a agricultura à
indústria. Compare os níveis de produção da nossa agricultura e
indústria de há 20 anos atrás com aquilo que é hoje. Por exemplo, o
trigo. Não faz sentido que o volume de produção de trigo seja hoje 30%
daquilo que era em 1986. Não faz sentido que o efectivo de vacas
leiteiras seja metade daquilo que era em 1986. Nas pescas não faz
sentido que Portugal importe 60% do peixe que consome.
Portugal aceitou sempre tudo da Europa, mesmo aniquilar sectores inteiros, em troca de fundos comunitários…
Tal como sempre na nossa história. No século antes do Marquês havia
ouro. Antes disso as especiarias. No século XIX são as remessas dos
imigrantes. Nos últimos 20 anos têm sido os fundos europeus. Tudo isto
serve para camuflar o desinvestimento e quando deixa de existir a
riqueza externa leva-nos a uma crise da balança de pagamentos. É urgente
– e é isso que vai relançar a economia e o emprego e o nível de riqueza
– que possamos produzir em Portugal. Os capitais das empresas podem ser
portugueses, chineses, alemães, isso não interessa. A economia interna
deve ser reformada no sentido de oferecer um ambiente mais
concorrencial, mas para aqueles que investirem em Portugal. É esse tipo
de situação que deveríamos negociar com os nossos parceiros externos.
Identificando sectores claros.
Identificando apostas, para que os nossos credores externos tenham a
certeza de que vão ver o seu dinheiro de volta. Porque senão entramos
num caminho semelhante ao da Grécia. Para já tivemos um “haircut”
[corte] na dívida grega. No caso português não precisamos de um
“haircut”, mas apenas de reescalonar pagamentos."
para ler a entrevista na íntegra... aqui.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
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