no observador...
"O ministro da Educação Nuno Crato disse não ter ficado
surpreendido com a adesão de mais de 3.500 professores ao programa de
rescisões com o Estado por se tratar de “uma profissão desgastante e
difícil”. Em entrevista ao jornal Expresso, o ministro admitiu que a
indisciplina tem aumentado na sala de aula, mas nega que o aumento de
alunos por turma dificulte o trabalho do professor.
Nuno Crato considera que os pedidos de rescisão dos professores
prendem-se com o facto de se tratar de “uma profissão desgastante e
difícil”, que tem piorado com o “aumento da indisciplina” que se
verificou na última década, e com as dificuldades que os professores têm
para chamar os alunos à atenção.
Questionado sobre se o aumento de alunos por turma não dificulta a
tarefa do professor, o ministro negou o aumento, classificando-o como
“um dos grandes mitos da atualidade”. Nuno Crato destacou a média de
alunos em Portugal – 22 – como “baixa em termos europeus” e considera
que o aumento do limite máximo de 28 para 30 alunos por turma no ensino
secundário “não é uma subida decisiva”. “Não exageremos as coisas”,
disse. Para controlar a turma, o ministro sugere aos professores que “o
caminho fundamental é incentivar à disciplina e o trabalho na sala de
aula”.
3.000 bolsas para desempregados que querem voltar a estudar
Nuno Crato falou ainda de dois programas destinados aos desempregados
que querem regressar aos estudos – programa Retomar – e aos estudantes
que se queiram fixar nas regiões do interior – programa Mais Superior.
No Retomar, estão previstas 3.000 bolsas de 1.200 euros anuais por
cada aluno, mais 300 euros para a instituição fazer o acompanhamento
individual desses alunos. O objetivo é incentivar os desempregados a
retomarem os estudos (até aos 30 anos de idade).
O programa Mais Superior vai contar com 1.000 bolsas de 1.500 euros
anuais, destinados a apoiar a mobilidade dos estudantes para
instituições situadas no interior do país.
Em declarações à TSF, o presidente do Conselho Coordenador dos
Institutos Politécnicos Superiores, Joaquim Mourato, diz que estas
são boas notícias e espera que as medidas ainda venham a tempo das
matrículas para o próximo ano letivo."
aqui.
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