"Todos, ou muitos, estarão de acordo que as crianças
e os jovens devem ir à escola (deixemos os adultos de fora).
Os desacordos começam a emergir quando perguntamos: Para
que é que devem ir à escola? As respostas, cada uma delas afirmativa quanto baste, são
variadas: Para se prepararem para a vida; Para serem cidadãos responsáveis;
Para desenvolverem a auto-estima e o auto-conceito; Para adquirirem
conhecimentos; Para aprenderem um ofício; Para descobrirem o seu próprio conhecimento;
Para aprenderem a aprender…
Os desacordos continuam quando passamos para outra
pergunta: Qual deve ser o objecto de aprendizagem? O mesmo quanto às respostas:
Conhecimentos; Competências; E, a serem conhecimentos, os que se revelem úteis;
De modo algum: os mais eruditos; Os conhecimentos locais e regionais em
primeiro plano; Não, porquanto os de pendor universal são fundamentais; E, a
serem competências, as que permitem resolver problemas do quotidiano e criar; De
maneira alguma, pois as que estão implicadas na memorização e no raciocínio
lógico têm prioridade…
Os desacordos persistem quando perguntamos: Como é
que os sujeitos devem aprender: As metodologias devem ser “activas” sob o ponto
de vista da acção do aluno; Devem ser “significativas” sob o ponto de vista
pessoal e social; Devem ser reprodutivas; Devem ser de aplicação; Devem ser
inovadoras; Devem ser “tradicionais”; Devem ser diversificadas; Devem ser
individuais; Devem ser colaborativas…
O mesmo para a avaliação, para os recursos, para a organização
do espaço, para a distribuição do tempo, para tudo…"
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