"Há pouco tempo conheceram-se os resultados dos testes TIMMS
(relacionados com a Matemática) e PIRLS (relacionados com a literacia e
leitura) que tentam medir e comparar o desempenho dos alunos do 1º ciclo
a nível internacional. Os alunos portugueses estão acima da média e
foram dos que mais melhoraram desde 1995.
É algo muito positivo, conseguido a partir da base, na média duração. É resultado de todos os envolvidos no processo educativo, sendo injusto singularizar um único aspecto, embora em primeiro lugar os resultados sejam dos alunos que, em termos relativos e absolutos, melhoraram muito.
Mas se é errado singularizar esta ou aquela medida, é profundamente injusto procurar todas as explicações menos a que envolve o trabalho dos professores. Fala-se na melhoria organizacional das escolas, no aumento do financiamento na Educação, da subida do perfil socio-académico dos pais. Só não se reconhece o trabalho dos professores porque se afirma que não é possível medir isso.
Mas é.
E se é possível com alguma facilidade é no 1º ciclo, em que a monodocência permite uma relação mais directa entre o trabalho dos professores e o desempenho dos alunos. E em que é possível fazer uma análise comparativa entre as habilitações e formação complementar dos professores de meados dos anos 90 e dos actuais.
Que não se faz mas que, se fosse feita, mesmo a uma vista desarmada, demonstraria como essa formação melhorou e, como consequência não muito forçada, a qualidade do seu trabalho.
Mas, sem que isso se faça, eliminam-se logo os professores da equação, que a vox publicada insiste em considerar uns privilegiados e alguns até acham fazer parte dos parasitas do Orçamento.
Quando apenas vão fazendo, apesar de todas as contrariedades, pressões e ofensas, o seu trabalho. Com resultados."
aqui.
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