Comecem, de uma vez por todas, por reduzir os custos
das parcerias público-privadas (PPP), desde logo as rodoviárias. Não é
admissível que se continuem a garantir, apenas pela existência e
disponibilidade de uma qualquer autoestrada, rentabilidades anuais de
dezassete a vinte por cento aos concessionários privados. E muito menos
se admite que no fim de cada ano estes sejam ainda compensados com bónus
milionários... por causa da baixa sinistralidade. Os governantes estão
obrigados a baixar os custos que as PPP representam para o erário
público em, pelo menos, mil milhões de euros. Para tal, negoceiem a
sério ou, em alternativa, expropriem os equipamentos pelo seu real
valor, o que diminuiria brutalmente os custos. Em qualquer caso,
suspendam de imediato os pagamentos.
Haja ainda
coragem de estancar a sangria dos juros da dívida pública, que
representam a maior despesa do estado e consomem treze por cento dos
impostos pagos por todos os cidadãos e empresas. Para baixar o custo do
serviço da dívida é necessário competência para a reescalonar e
renegociar, coragem para enfrentar o "lobby" financeiro e credibilidade
para colocar parte da dívida no mercado interno. Com uma nova atitude, o
estado pouparia bem mais de dois milhões de euros.
Poder-se-iam
ainda economizar largas centenas de milhões nas rendas imobiliárias que
o estado continua a pagar para favorecer amigos, começando no Campus de
Justiça de Lisboa e acabando em qualquer pequena repartição pública na
província.
É ao nível dos grandes negócios de
favor e da Corte indecente de privilégios que se deve provocar a
diminuição da despesa do estado; antes sequer de se discutirem quaisquer
novos cortes na saúde ou na educação. Reduzir mais as regalias sociais,
apenas para manter intactas as prebendas dos grupos económicos
favorecidos pelo regime, seria uma infame traição ao povo.
aqui.
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