Treino pago e emprego certo: afinal não nos inspirámos muito no "dual" alemão |
Uma
viagem à Alemanha para conhecer o modelo de ensino profissional onde
aquele país, sobretudo através das suas empresas, investe 23 mil milhões
de euros ao ano. |
comentário:
como é sabido, nem para o que nos interessa... copiar sabemos.
"No escritório
de uma das padarias da família Mayer, em Berlim, Thomas aponta para
quatro diplomas alinhados lado a lado numa parede. O da esquerda,
pintado à mão e cheio de elaboradas decorações, pertenceu ao seu bisavó.
Nos outros, o estilo vai-se simplificando, de geração em geração, até
chegarmos ao dele: uma folha A4 a atestar as suas qualificações, com um
carimbo. "O meu filho já perguntou se podemos arranjar aqui espaço para o
diploma dele", conta. "Mas acho que quando chegar a sua vez vai receber
um CD-ROM".
A empresa tem quatro formandos. E Thomas garante ter
lugar para todos: "Três vão ficar de certeza. Há um que está a pensar em
seguir para outra área mas, se quiser, fica. Fazemos isto porque
precisamos de pessoas mas também porque sentimos a responsabilidade de
garantir as futuras gerações desta profissão", explica.
"Tradição"
é uma boa palavra para começar a descrever o ensino vocacional de
modelo dual alemão. O catálogo de 329 atividades que se podem aprender
está sempre em atualização, em função das inovações tecnológicas e das
necessidades do mercado. Mas o sistema, no essencial, está definido há
perto de um século. E assenta numa visão das profissões com raízes na
Idade Média. Há aprendizes, oficiais e mestres. Só os segundos podem
exercer a profissão. E só os últimos a podem transmitir às novas
gerações."
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