quarta-feira, 24 de julho de 2013

educação na berlinda [talvez se deva pensar, a sério, na hipótese de uma ordem dos professores...!... regulação... precisa-se... para além das questões do foro sindical]... professores chumbam a prova que vai avaliar as suas capacidades... no público...!

"Os professores contratados chumbam, para já, as propostas do Ministério da Educação e Ciência (MEC) sobre a nova Prova de Avaliação de Conhecimentos, Capacidades e Competências. A Associação Nacional de Professores Contratados faz saber que "não faz sentido", desde logo, que só quem não faz parte dos quadros seja sujeito a esta avaliação. "Muitos professores contratados têm mais anos de serviço do que muitos que estão no quadro."

César Israel Paulo, da associação, diz mais: a proposta do ministério de introduzir esta espécie de exame significa "passar um atestado de ignorância" às instituições de ensino superior que formam os professores. "O MEC ainda não tem uma avaliação feita à qualidade da formação dos professores? Que sentido faz um docente que sai da universidade estar, pouco depois, a fazer exames outra vez para dar aulas?"

E prossegue: quando se sabe que no último concurso de professores apenas três de 45 mil candidatos ao quadro conseguiram lugar, por que razão se fala de uma prova que limita o acesso à carreira. "Mas que carreira?"

A proposta de regulamentação da prova, enviada pelo MEC aos sindicatos, na terça-feira, juntamente com outro diploma sobre formação contínua, deverá ser negociada na sexta-feira. "É um elemento para distrair os professores do que aí vem", suspeita Israel Paulo. "É habitual que em Julho e Agosto, quando os professores estão de férias, se aproveite para publicar legislação importante."

Matérias complexas e polémicas

A Associação Nacional de Professores Contratados não é a única a reagir mal ao que é sugerido pela tutela. A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) emitiu um curto comunicado esta manhã onde diz que "a actual equipa ministerial não merece qualquer credibilidade negocial e política". Além disso, "o MEC não deveria marcar a negociação de matérias tão complexas e polémicas, como estas, para pleno período de férias dos professores".

Por estas razões, a Fenprof diz que na sexta-feira limitar-se-á a "uma representação técnica" no MEC "retirando, assim, o carácter político que era suposto esta reunião ter"."


2 comentários:

  1. Sou professora contratada desde 93. Ainda sou do tempo do Ramos de Formação Educacional: Um ano leccionando disciplinas de pedagogia e no outro estágio numa escola onde tive aulas assistidas avaliada pela faculdade e orientadora de estágio. Pelo menos sei de um caso de um colega sem profissionalização, porque leccionou em Macau e tinha quatro anos de serviço quando do concurso... entrou para o quadro e passou-me à frente. Mas a questão que coloco, é porque se há exame, não é para todos e só para professores contratados. Leccionei todos os anos sem direito a redução. Sem possibilidade de uma carreira e poder subir de escalão. A saltitar de escola em escola, por todo o país. Se o exame fosse para testar as nossas capacidades seria para todos os professores e não apenas para os contratados, muitos com mestrado, e provas dadas, através de avaliação anual... que são tão professores como os outros e não professores de segunda.

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  2. esta questão do exame de acesso não é [de modo nenhum] uma questão linear... já que implica, à partida, mistura entre formações científicas com formações direccionadas para o ensino [como é possível o mec (autoridade máxima do sistema educativo, nomeadamente do superior) não 'reconhecer' as ditas formações de ensino, que implicam estágios integrados... por exemplo...?].

    depois a aplicação [sem critério de tempo e equidade] do dito exame não pode ocorrer 'do pé para a mão'... ou seja, agora todos [excluindo alguns] são obrigados a fazê-lo [com consequências... o que é de todo normal]... é talvez por isso que se venha a impôr uma ordem para regular a profissão (?)...

    mas fica uma questão no ar... qualquer 'empregador' impõe as suas regras [mais transparentes e rigorosas... ou talvez não...!] para a contratação de recursos humanos... então porque não acontecer com os professores?

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