"O Ministério da Educação e Ciência (MEC) só divulgou sexta-feira a rede escolar para o ano letivo 2013/2014 e as escolas foram surpreendidas com uma redução no número de turmas, em especial no ensino profissional e nos Cursos de Educação e Formação (CEF), mas também no ensino regular. As escolas tiveram de fazer as matrículas antes da rede estar homologada, devido ao atraso do MEC, e agora não sabem o que fazer a alunos matriculados em cursos que afinal não vão funcionar.
"Houve redução em praticamente todas as escolas. Tinha previsto um curso profissional de multimédia, que não foi autorizado. Tinha 30 alunos inscritos e não sei o que vou fazer com eles", disse ao CM Adelino Calado, diretor do agrupamento de Carcavelos e dirigente da Associação Nacional de Diretores (Andaep). Casos destes multiplicam-se pelo País. "Suponho que a ideia é mandar os alunos para cursos do IEFP, é o que se especula", diz Calado.
Para complicar a situação, as escolas estão obrigadas a indicar até hoje, na plataforma do MEC, os professores do quadro com horário-zero (sem turmas atribuídas). "É inadmissível. A rede escolar devia ser conhecida a 30 de junho, o MEC atrasou-se e quer que os diretores façam tudo num dia. Se estivesse no ativo pedia a minha demissão imediata", disse ao CM Adalmiro Fonseca, presidente da Andaep, e ex-diretor da Escola Secundária de Oliveira do Douro (Gaia), que se aposentou há um ano.
Ao CM, o MEC afirmou que as escolas foram informadas de que podem propor alterações à rede, no caso do ensino regular, "para análise e aprovação superior". Já "as necessidades pontuais de ajustamento" das outras ofertas serão "objeto de análise e decisão" em função "dos imperativos de racionalização da rede"."
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