|
|
Hoje por Ricardo Costa
Diretor
|
|
|
|
4 de Maio de 2015 |
|
A revolução de Tsipras, a de Musk e, já agora, a nossa
Peço desculpa pelo arranque, mas hoje vou fazer como aqueles vídeos dos sites que antes de começarem nos obrigam a ver um anúncio. Se quiser pode saltar este parágrafo ou então fica a saber que o Expresso tem um novo site, acabadinho de estrear esta madrugada. Tudo porque esta semana o Expresso Diário faz um ano e vamos estar de portas abertas: Estamos em mudança: temos um novo site - e vamos oferecer duas semanas de Diário. É uma espécie de happy hour que vai durar doze dias. Vamos ter vários problemas e é provável que, volta e meia, haja um crash. Agradecemos sugestões, reparos e críticas. A nossa pequena revolução fica assim nas mãos dos leitores.
OUTRAS NOTÍCIAS
A TAP entra no quarto dia de greve dos pilotos, apesar de muitos aviões continuarem a levantar voo porque a adesão não tem sido especialmente elevada. Até ontem a TAP continuava a manter a taxa de realização de voos nos 70%. No primeiro briefing do dia, a companhia anunciou que prevê manter o mesmo número de voos para hoje.
O Presidente da República está de visita à Noruega e diz que esta é a mais importante do ano. É a última oportunidade de concretizar um dos grandes temas que elegeu para os seus mandatos: o mar, coisa que não falta na Noruega, como bem sabemos. A Luísa Meireles vai-nos contando o que se passa por lá nestes dias.
As eleições inglesas entram na reta da meta, com os eleitores a votarem já na quinta-feira. Nos últimos dias, a campanha teve que dividir as atenções com o novo bébé real, mas agora a luta continua.
Os resgates no Mediterrâneo não param. Ontem as contas iam em 4500 pessoas resgatadas durante o fim de semana, mas o número não para de subir. A SIC mostrou no Jornal da Noite esta excelente reportagem do 60 minutes com a guarda costeira italiana.
Terminou o recolher obrigatório em Baltimore depois de dias muito pesados. Mas os receios de conflitos raciais nos EUA não diminuíram e a Time já conseguiu fazer uma das melhores capas do ano.
Já esta madrugada dois atiradores foram abatidos pela polícia, numa exposição com retratos e caricaturas de Maomé em Dallas, nos EUA, depois de terem começado a disparar em protesto contra a iniciativa.
Mourinho foi ontem campeão com o Chelsea. Vitória por 1-0 face ao Crystal Palace e festa rija em Stanford Bridge. Quinto campeonato inglês na história dos blues, terceiro da conta do special one.
O Porto venceu no Bonfim e continua a três pontos do Benfica, que esmagou o Gil Vicente no sábado. Ontem, Jackson marcou e continua com ligeira vantagem nos melhores marcadores, seguido de muito perto por Jonas, a nova coqueluche da Luz.
E hoje há novo filme de Manoel Oliveira. Estreia esta noite no Porto, amanhã em Lisboa, Visita ou Memórias e confissões, filme de 1982 que o realizador quis que só estreasse após a sua morte. O Público tem um extenso trabalho sobre o filme
FRASES
“A lei de cobertura das campanhas eleitorais é a mais anacrónica que existe”. Cavaco Silva, Presidente da República, numa declaração em que deu a entender que as eleições são em outubro
“É a compensação pelo risco de regressar a uma casa onde já tinha sido feliz”. José Mourinho, em declarações à SIC, depois de se sagrar campeão da Premier League
“Carvalho da Silva ficou sem espaço nenhum”. Marcelo Rebelo de Sousa, no comentário da TVI, onde voltou a valorizar as hipóteses do candidato Sampaio da Nóvoa
O QUE EU ANDO A LER
Acabei de ler “A mecânica da ficção” de James Wood, talvez o mais importante crítico literário da atualidade. O livro, muito bem traduzido por um excelente crítico nacional, Rogério Casanova, é uma lição de literatura e de estilo. Podia pegar em qualquer página para tentar demonstrar isso. Mas vou direto à pág. 208, de onde copio, com uma vénia vincada, esta simples frase que leva Saul Bellow direto aos degraus do Parnaso: “Ouçamos agora o funcionamento do ouvido intensamente musical de um dos grandes estilistas da prosa americana, Saul Bellow, um escritor que faz até os mais ágeis – os Updikes, os DeLillos, os Roths – parecerem coxos”.
O texto é enxuto, profundo e brilhante, sobretudo para quem gosta de escavar romances e respetivos autores. Se não for esse o seu caso, vá direto ao magnífico Herzog, do mesmo Bellow, acabado de republicar por cá, e um dos mais célebres romances do Prémio Nobel de 1976. Vai perceber, palavra por palavra, a frase de Wood.
Depois disto resta-me desejar bom dia.
|
|
Sem comentários:
Enviar um comentário