Bom dia,
Esta semana noticiosa foi dominada por dois temas: a confusão
político-judicial no Brasil, com o sobe-e-desce-e-volta-a-subir de Lula
da Silva a ministro e o movimento para fazer descer Dilma da
Presidência; e, por cá, a ginástica político-partidária para a aprovação
do Orçamento do Estado para 2016, o primeiro desde o 25 de Abril que
teve o amen do PCP.
Nas Escolhas do Editor, proponho leituras relativas a cada um deles. Em
relação ao Brasil, a semana foi alucinante. Por isso, e porque o
Expresso Diário foi publicando durante toda a semana artigos sobre o
caso, recomendo a leitura da crónica do Pedro Santos Guerreiro
intitulada “Lula, um homem em fuga”, publicada num dos dias mais
efervescentes da semana, 5ª feira, dia em que publicámos também um
conjunto de artigos com as várias vertentes da crise.
Quanto ao Orçamento, aprovado na quarta-feira, recomendo a leitura do
artigo do Filipe Santos Silva, que acompanhou a filigrana negocial por
dentro, no Parlamento. Intitulada “o pão da maioria de mercearia e o
circo da caranaguejola desconjuntada”, conta como BE e PCP aprovaram o
Orçamento com o PS mas apresentaram já as suas reivindicações para 2017.
A semana abriu, porém, com a morte do
ator-realizador-produtor-e-muitas-outras-coisas no mundo do espetáculo
Nicolau Breyner. Além do perfil desta figura maior do teatro, da
televisão e do cinema em Portugal nas últimas décadas, republicámos a
entrevista que a Clara ferreira Alves lhe tinha feito em março de 2014 e
que tinha sido publicada na Revista. “Antes pobrezinho em Lisboa do que
rico em Escolomo”, disse-lhe na altura o também ator, argumentista,
professor e alentejano emérito de Serpa.
No mesmo dia entrou em funções no CDS a nova líder do partido, “Boss
AC”, ou seja Assunção Cristas. E, para perceber o que tem de novo o CDS
pós-Paulo Portas, a Cristina Figueiredo mostra cinco ângulos para
perceber o que muda. Uma leitura que também recomendo.
“Quando as nossas avós marcharam para a guerra” é o título de outro
artigo que vale a pena reler. A Manuela Goucha Soares conta a história
das portuguesas que, faz agora cem anos, durante a Grande Guerra,
criaram, na retaguarda, verdadeiros batalhões de ajuda à população,
disputando terreno e capacidade de influência. De um lado, a
aristocracia católica, com a Assistência das Portuguesas às Vítimas da
Guerra, do outro, as republicanas laicas, com a Cruzada das Mulheres
Portuguesas.
Depois das revelações dos Arquivos Mitrokhin que fizemos na revista E de
sábado passado – e atenção: este sábado há novas revelações, num
segundo trabalho com que fechamos o tema, que volta a fazer capa da E -,
publicámos esta semana no Expresso Diário mais três artigos sobre o
tema. Depois de um texto sobre uma simpática viúva inglesa que era do
KGB (3ª) e de uma conversa sobre o assunto com o politólogo António
Costa Pinto e a historiadora Irene Pimentel (segundo os quais ainda há
esqueletos no armário em Portugal), publicámos esta sexta-feira uma
entrevista, do Miguel Cadete, a uma pessoa que também sabe do assunto, o
“sovietólogo” José Milhazes.
Com estes últimos dias da semana dominados pela cimeira da União
Europeia com a Turquia e pelo que a Europa quer fazer com os refugiados,
destaco também o trabalho multimédia sobre o tema, o mais recente da
série 2:59. Intitula-se “A crise de refugiados vai acabar com a Europa
tal como a conhecemos” e é um excelente ponto da situação feito em 2
minutos e 59 segundos pela Cristina Peres.
Destaque, ainda, para o artigo da Isabel Leiria e da Joana Pereira
Bastos sobre o que se passa com as provas de aferição. Depois de o
ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, ter feito marcha-atrás e
anunciado que, afinal, este ano ainda não serão obrigatórias, ficando ao
critério de cada escola, foram ouvir o que têm a dizer os vários
intervenientes na questão do ensino.
É tudo por hoje, o Expresso Diário regressa na segunda-feira. Não se
esqueça que já tem o semanário nas bancas e que tem o Expresso Online
sempre em atualização
Boas leituras e um excelente fim de semana. |
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