no expresso diário...
"Valor fica acima da estimativa da Unidade Técnica de
Apoio Orçamental e da meta estabelecida pelo Governo. Mas a confiança
dos consumidores está em alta.
O défice do Estado no
primeiro trimestre foi 6% do Produto Interno Bruto (PIB), revelou esta
sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor fica muito acima da meta de 4% acordada com a
troika para 2014 e compara com um défice de 10% registado no período
homólogo de 2013. O Estado gastou até ao fim de março mais €2,389 mil
milhões do que recebeu.
O valor de 6% fica também acima da estimativa da
Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que avançara no fim de maio
com uma previsão de défice de 5,6% do PIB, o ponto médio do intervalo
entre 4,9% e 6,3% que a unidade definira.
O INE ressalva, todavia, que o défice, aplicando a
metodologia do procedimento dos défices excessivos, foi de 5,9% (€2,329
mil milhões). De acordo com o sistema europeu de contas, os fluxos de
juros de ‘swaps’ e de contratos de garantia de taxas são objeto de um
tratamento específico.
A meta de 4% do PIB foi reiterado pelo Governo na carta
que enviou este mês aos credores em que comunicou a decisão de não
identificar as medidas compensatórias das chumbadas pelo Tribunal
Constitucional, prescindindo por isso da última tranche do empréstimo.
Despesa corrente em queda
A despesa corrente registou uma queda, destacando o INE
uma “redução significativa das despesas com pessoal”, que passaram os
€17,788 mil milhões no último trimestre de 2013 para os €17,443 mil no
primeiro trimestre.
Em contrapartida, regista-se o aumento do consumo
intermédio e dos subsídios, contrariando, diz o INE, “o comportamento
das restantes componentes da despesa”.
Do lado da receita, a generalidade das parcelas subiu. O
destaque vai para as receitas fiscais: o IRS e o impostos sobre o
património passaram de €19,522 mil milhões (último trimestre de 2013)
para €19,775 mil milhões .
As contribuições sociais registaram uma “ligeira
redução”, tendo caído para os €20,097 mil milhões (€20.139 mil milhões
no trimestre anterior).
Quando adiantara a sua estimativa, a UTAO advertira que
o valor do primeiro trimestre “não colocaria necessariamente em causa o
objetivo” do Governo. Ao abarcar apenas um trimestre, o valor não se
afigura indicativo “do desempenho orçamental esperado para o conjunto do
ano”.
Confiança dos consumidores em alta
Também esta sexta-feira, o INE revelou que o indicador
de confiança dos consumidores aumentou em junho para o valor mais
elevado desde novembro de 2009, enquanto o indicador de clima económico
atingiu máximos desde setembro de 2008.
A subida da confiança é justificada pelo INE com as expectativas sobre a evolução do desemprego.
O indicador de clima económico manteve em junho o
perfil ascendente iniciado em janeiro de 2013, aumentando na construção e
obras públicas e nos serviços e diminuindo na indústria transformadora e
no comércio."
aqui.
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