Resultados da Sondagem | É a favor da existência de Quadros de Honra nas escolas?by Alexandre Henriques |
Ficam os resultados e a opinião de Paulo Guinote. Obrigado pela colaboração ;)
Em defesa da Honra
O
facto de se debater, com alguma intensidade em certos momentos e
ambientes este tema é um motivo para espanto meu e para pensar que há
quem não tenha muito com que ocupar a cabeça. Ou então que há gente com
teias ideológicas na cabeça realmente graves.
A
minha posição é muito simples: a existência de quadros de honra ou
mérito deve ser da exclusiva responsabilidade de cada escola, a partir
de decisão do seu Conselho Pedagógico com ratificação pelo Conselho
Geral. Isso é autonomia, isso é algo que tem a ver com a cultura e
identidade de cada escola.
Se
não gostam, acham que é “fascista” ou “prisioneiro da lógica da
competição”, que traz mal porque os alunos se tornam menos cooperativos,
mas os aprovem. Se acham que é um mecanismo de reconhecimento simbólico
do mérito desses mesmos alunos, aprovem-nos e implementem-nos, seja de
valor absoluto (média das notas) ou relativo (envolvimento em projectos
escolares, desporto, etc).
Como
devem calcular, eu defendo a segunda hipótese e tanto mais quanto a
pressão for para produzir sucesso a todo o custo vai a par de uma
mentalidade igualitarista no pior sentido da indiferenciação. Acho que
quando parece que todos devem ter sucesso, se deve dar um estímulo para
que esse sucesso seja de qualidade e não apenas o desfecho de uma
imposição administrativa. Exactamente para não intensificar a
argumentação é que nem desenvolvo o meu pensamento quanto a quem acha
que estes quadros são prejudiciais. Limito-me a dizer que seria tão bom
que, pelo menos desde o 7º ano, consultassem, sem tentar enviesá-la na
apresentação da questão, os alunos acerca disto. Posso estar enganado,
mas acho que até muitos dos menos bons em termos académicos concordariam
com o princípio de diferenciar simbolicamente os alunos com melhor
desempenho académico, disciplinar ou desportivo.
E ficaria tempo para os professores se preocuparem com outras coisas, menos bizantinas.
Sem comentários:
Enviar um comentário