"Esta terça-feira é Dia da
Consciência. A iniciativa - 74 anos depois do "gesto heróico" de Sousa
Mendes – partiu de um português residente em Nova Iorque.
Aristides de Sousa Mendes vai ser homenageado esta terça-feira, 17 de Junho, em igrejas e sinagogas de vários lugares do mundo. A ideia de criar o Dia da Consciência partiu de João Crisóstomo, um português residente em Nova Iorque.
O objectivo é que "o nome de Aristides Sousa Mendes seja falado a nível internacional". Em 1996, João Crisóstomo chegou a uma conclusão: "É um nome e uma história desconhecidos fora de Portugal", diz à Renascença.
Desde então, João Crisóstomo tem promovido iniciativas que ajudam "a dar a conhecer ao mundo o nome de Sousa Mendes (1885-1954), a sua dignidade e o seu heroísmo." Colóquios, conferências, publicação de livros, além das celebrações de 17 de Junho, estão entre os principais gestos.
Foi no dia 17 de Junho de 1940 que Aristides Sousa Mendes decidiu "seguir a consciência, contra as indicações dos seus superiores", e conceder vistos do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal a todos quantos fugiam às tropas nazis.
Durante cinco dias, o diplomata permitiu que milhares de judeus e outros perseguidos conseguissem abandonar Bordéus e, assim, não serem mortos pelos homens do Terceiro Reich.
"Grande entusiasmo"
Ao longo desta semana, haverá iniciativas e celebrações religiosas em Portugal (uma delas será na Sé lisboeta, sexta-feira, pelas 19h00, presidida pelo Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente), Estados Unidos, França, Luxemburgo, Bélgica, Roma, Rio de Janeiro e Venezuela.
Cardeais, bispos e rabinos de vários lugares do mundo têm acolhido "com grande entusiasmo" a proposta, conta João Crisóstomo.
O organizador do Dia da Consciência gostava que o Papa Francisco também participasse e escreveu-lhe uma carta nesse sentido.
Acredita que, nos próximos anos, possa vir a ser "o Santo Padre a liderar a iniciativa".
Em Portugal, a iniciativa é organizada com a colaboração da Fundação Aristides de Sousa Mendes. Maria do Carmo Vieira, do conselho de administração da fundação, crê que esta é uma forma de recordar "o exemplo de um homem admirável".
Maria do Carmo Vieira conta que se associaram à iniciativa sete bispos portugueses, vários provinciais de ordens religiosas e párocos, bem como as comunidades israelitas de Lisboa e Porto."
na rádio renascença... aqui.
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