segunda-feira, 16 de junho de 2014

função pública... salários, sindicatos e tribunal constitucional...!


no expresso diário...


"Ainda nem começou a discussão sobre a proposta de lei sobre salários e os sindicalistas da Função Pública já têm uma certeza: as negociações vão acabar numa nova guerra constitucional. “Vamos socorrer-nos de todos os meios para enviar este diploma para o Tribunal Constitucional”, afirma José Abraão, do Sintap, afecto à UGT. “O documento agora entregue, só pode merecer uma resposta de intensificação da luta”, diz a federação sindical afecta à CGTP.

Os sindicatos não têm acesso direto a um pedido de fiscalização constitucional. Mas, “os grupos parlamentares, o Provedor de Justiça e o Presidente da República” são as entidades a quem as federações prometem recorrer para fazer chegar o diploma sobre os cortes salariais e a nova tabela remuneratória única às mãos dos juízes constitucionais.

O argumento usado pelos sindicalistas para justificar a fiscalização constitucional é simples. Mais ainda, conta com a concordância de alguns membros do próprio Governo. Conforme o Expresso noticiou na sua última edição, Miguel Macedo, Paula Teixeira da Cruz e Rui Machete levantaram dúvidas quanto à abertura constitucional para voltar a aplicar os cortes introduzidos no Governo de José Sócrates (entre 3,5 e 10% para os salários dos funcionários públicos acima dos 1 500 euros) ainda este ano e para fazer face ao último chumbo do TC. Os ministros alegavam que aqueles cortes tinham “passado no TC” por se enquadrarem nos programas especiais de resposta à crise, o PEC e depois o memorando da troika, que entretanto já foram extintos.

O mesmíssimo argumento é usado, agora, por José Abraão. “Não faz sentido que o Governo proponha novos cortes salariais, já fora do PEC ou mesmo do memorando assinado com a troika. E, mais ainda propondo-se a prolongar esses cortes por cinco anos”, diz.

“Numa altura em que é o Governo a afirmar que o País entrou numa fase de recuperação, em que prescindiu da utilização da última tranche do empréstimo e em que a troika, alegadamente, saiu de Portugal, porque razão insiste este mesmo governo em impor cortes salariais?”, diz a federação dos sindicatos da função pública em comunicado.

Na próxima sexta feira, o secretário de Estado da Administração Pública recebe as três organização sindicais que representam os funcionários públicos. Em cima da mesa está uma proposta de lei de 15 páginas que repõe os cortes aplicados aos trabalhadores do Estado em 2011. E, sobre isso, apresenta as linhas gerais da nova tabela remuneratória única.

O Governo recupera em pleno as medidas introduzidas pelo Governo Sócrates: os mesmos cortes, e a mesma base remuneratória fixada em 2009 e aplicada no ano seguinte. Novidade, apenas são duas promessas deixadas em aberto para “valorização remuneratória face às práticas salariais vigentes no mercado de trabalho em Portugal” e para “revisão das remuneração dos cargos dirigentes com a criação de posições remuneratórias que prevejam diferentes graus de complexidade funcional e de responsabilidade”. Em concreto, nada. No final da semana, logo se verá."

para ler [se o conseguirem] o resto da notícia... aqui.

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