LISTAS GRADUADAS DE CONCURSOS DE DOCENTES PROVAM QUE
O MEC OPTOU PELA INJUSTIÇA
O MEC OPTOU PELA INJUSTIÇA
Com
a divulgação da lista graduada de candidatos aos concursos de docentes
para 2015/2016, fica provado o que a FNE sempre denunciou, isto é, que a
designada “norma-travão”, em vez de resolver as questões de injustiça,
vem antes agravá-las.
Com efeito, o que se prepara para acontecer é
que nem um milhar de docentes será integrado nos quadros a partir de 1
de setembro de 2015. Mas, o que traz mais gravidade e injustiça à
situação é que muitos dos que vão entrar nos quadros têm menos tempo de
serviço do que muitos milhares com muitos mais anos de serviço
A
FNE sempre defendeu o pleno cumprimento da lei e das diretivas
comunitárias, em termos de direito à vinculação para os docentes que
reúnem três ou mais anos de contratos de ano inteiro. Estão, aliás, nos
Tribunais Administrativos de Lisboa, Beja e Porto, ações que visam
garantir este direito, admitindo-se que possa haver a curto prazo algum
desfecho em relação a elas.
A FNE discordou dos limites que o MEC
estabeleceu, na legislação de concursos, quanto à definição dos
critérios a que passaria a obedecer o direito a uma vinculação
“automática”. Foi essa uma das razões que impediu que houvesse acordo
aquando da negociação desta matéria. Já nessa altura a FNE denunciava o
facto de uma tal situação provocar injustiças relativas da maior
gravidade. O MEC preferiu não ouvir a argumentação da FNE e manteve a
sua posição.
O que agora é perfeitamente visível, através da
publicitação das listas graduadas, é que se prova que as injustiças são
gritantes.
A FNE reunirá amanhã o seu Secretariado Nacional e
apreciará esta situação, determinando as ações que forem necessárias, em
complemento das que já estão em curso em sede de Justiça.
Porto, 21 de abril de 2015
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