Bom dia: O meio IVA de Costa |
O
IVA vai baixar na restauração. Vai mesmo, diz o António Costa. Afinal
não vai. Desce apenas para a comida, bebidas ficam de fora. Assim se faz
política, escreve André Macedo
Sexta-feira, 29 de JANEIRO | 08:49
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1. O IVA afinal cai menos | |||
Toda a gente sabe que reduzir o IVA na restauração dos 23% para os 13% iria custar à volta de 175 milhões de euros por ano. Supõe-se que António Costa tenha feito as contas antes das eleições legislativas. Afinal, a descida foi muito contestada. Na altura, acusaram o PS de eleitoralismo. De estar a mentir quando afirmava que a descida iria ajudar a criar emprego. E que não fazia qualquer sentido económico subsidiar os restaurantes -- é isso que representa uma vantagem fiscal --, porque não é por aí que a economia nacional deve crescer e gerar emprego. Mesmo assim, António Costa insistiu, garantiu, assegurou que, com o PS, o IVA da restauração baixaria. Assunto fechado? Afinal, não. Refrigerantes e cervejas vão continuar a pagar a taxa máxima (23%), para ajudar o Governo a conseguir mais umas receitas de impostos. Será que vamos ter mais surpresas destas? Porque será que os políticos têm dificuldade em manter a palavra? | |||
2. António Costa explica-se (ou tenta) | |||
Mas o assunto do IVA não vai ficar por aqui. Hoje há debate no Parlamento e o primeiro-ministro vai ter de explicar-se sobre este assunto e todos os outros que ensombram o Orçamento do Estado, designadamente as dúvidas das agências de rating sobre as contas públicas, de Bruxelas (que desconfia do crescimento previsto por Centeno e quer mais cortes) e da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (que diz que as contas estão maquilhadas ao ponto de o défice estrutural subir, em vez de descer -- uma espanto, portanto). Costa terá de explicar-se um pouco melhor do que tem feito até agora, embora seja importante sublinhar que as negociações com Bruxelas ainda vão na primeira parte. Muita água ainda vai ter de passar debaixo da ponte. Até porque o Bloco e o PCP continuam de faca afiada. Catarina Martins até aconselha o Governo a não ceder a Bruxelas. Chama-se a isto pressão alta. Ah, e hoje há uma greve, embora de alcance reduzido, por causa da 35 horas. Os sindicatos querem já, António Costa quer que a redução aconteça só a partir do Verão. Não se entende este finca pé. O PCP deixou de controlar os sindicatos ou está numa de passivo-agressivo para ir dando cabo do governo que apoia sem vontade? | |||
3. O fim do NIB, venha o IBAN | |||
O NIB desaparece este domingo e obriga a utilizar o IBAN nas operações já a partir de segunda-feira. Atualmente, para transferir dinheiro só precisa de saber o Número de Identificação Bancária (NIB) do destinatário. A partir de 1 de fevereiro necessitará do IBAN (international bank account number). Nada demais, apenas uma rotina que muda. | |||
4. Professores ensinam desempregados | |||
Há 800 lugares para formadores no Instituto de Emprego e Formação Profissional. Uma oportunidade que está a ser aproveitada pelos professores sem escola para continuarem a fazer aquilo que sabem: ensinar. O concurso está a decorrer (acabaram de ser publicadas as listas dos candidatos que passam à fase de entrevistas) e os selecionados vão dar cursos de educação e formação que dão equivalência ao 6.º, 9.º e 12.º anos, a quem está à procura de emprego. "No fundo trata-se de sair do desemprego para formar desempregados, mas alguém tem de o fazer", aponta Juliana Anjo, professora de História e formadora do IEFP desde o ano passado. Uma boa solução? À partida, sim, resta saber se os cursos valem e ajudam os desempregados a reencontrar o caminho do emprego. | |||
5. Mosquitos: um animal perigoso | |||
Têm nomes complicados: Aedes aegypti, Aedes albopictus e Anopheles gambiae. Transmissores de malária, dengue, febre-amarela, vírus do Nilo e zika, estes são os três mosquitos que atualmente mais assustam o mundo. Transmitem doenças para as quais não há vacinas e que matam mais de um milhão de pessoas por ano e, por isso, são considerados os animais mais perigosos do planeta. Neste momento, as atenções estão focadas no Aedes aegypti, transmissor do vírus zika, que pode já ter infetado mais de um milhão de pessoas no Brasil. A Organização Mundial de Saúde, que marcou uma reunião de emergência para segunda-feira, estima que três a quatro milhões de pessoas possam ser infetadas durante este ano. Dramatização? Prudência? | |||
6. Marcelo sempre a abrir | |||
Nenhum outro chefe de Estado foi tão rápido a entrar no Palácio de Belém, nem a reunir com as principais figuras da Nação. Mário Soares e Cavaco Silva foram de férias na semana a seguir à sua eleição para a Presidência da República, o primeiro para a Pousada de S.Lourenço, na Serra da Estrela, o segundo para a sua vivenda em Albufeira. Jorge Sampaio só se encontrou com o Presidente em funções, Soares, 10 dias depois da eleição, num almoço no Gambrinus. Muito, muito diferente da transição que está a ser protagonizada pelo atual Presidente eleito, Marcelo Rebelo de Sousa. Quatro dias depois do ato eleitoral esteve, num só dia, a almoçar no Palácio de Belém com Cavaco Silva, num lanche/audiência com o Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues e a jantar com o primeiro-ministro, António Costa. | |||
E ainda... | |||
No mundo: A China acusou um cidadão canadiano de espionagem, soube-se esta madrugada. O homem, identificado como Kevin Garratt, dono de um café na cidade de Dandong, no nordeste do país, é acusado de roubar segredos de estado e vai ser julgado. A família nega tudo, noticia a CNN | |||
Em Espanha: Universidade de Barcelona concluiu que a redução da velocidade máxima dos automóveis para 80 km/h nas vias de acesso à capital catalã não reduziu a poluição, noticiam vários jornais espanhóis, designadamente o Publico.es. Segundo o estudo, mais eficaz seria criar um sistema de velocidade variável, que adapte o limite máximo consoante o trânsito, de forma a impedir engarrafamentos. À atenção da Câmara de Lisboa, especialmente numa altura em que se discutem as alterações à Segunda Circular e os radares de velocidade. | |||
Na economia: O governo brasileiro anunciou uma linha de crédito estatal extra de 18,6 mil milhões de euros para tentar combater a crise económica no país, escreve o Financial Times. São ao todo sete pacotes de ajuda, em áreas tão distintas como a agricultura ou o imobiliário. | |||
No entretenimento: Nas vésperas de estrear a quarta temporada de House of Cards, a Netflix anuncia que a série com Kevin Spacey vai regressar para o ano. Mas a quinta temporada poderá ser um pouco diferente, pois o criador da multipremiada série televisiva, Beau Willimon, irá abandonar o leme, segundo o Hollywood Reporter | |||
Na ciência: Que os polvos são animais inteligentes, já há muito que se sabia, mas novos estudos concluem que estes animais têm uma complexa vida social. Noticia o The Guardian que investigadores que analisaram mais de 50 horas de vídeo captado nas águas de Nova Gales do Sul concluíram que os animais interagem com os seus parceiros e até mudam de cor consoante as relações hierárquicas estabelecidas. E, infelizmente para eles, são tão saborosos no forno!. |
via dn...
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